Os resultados financeiros do segundo trimestre fiscal da Apple revelaram uma queda na receita de iPhones, mas não foi só a gigante de Cupertino que sofreu com a redução nas vendas: o mercado mundial de smartphones sofreu um dos maiores declínios devido à pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), segundo pesquisas.
A redução de 6,8% na receita de iPhones colocou a Maçã abaixo da média da queda nas vendas mundiais, segundo algumas das principais firmas de pesquisa — ou seja, embora os resultados tenham sido ruins, a Apple teve um desempenho razoável no cenário global.
Confira, a seguir, como algumas empresas analisaram a queda do mercado:
- IDC: -11.7%
- Counterpoint: -13%
- Strategy Analytics: -17%
- TrendForce: -10%
- Omdia: -16.8%
Embora exista uma tendência de retração do mercado no primeiro trimestre do ano, ao comparar o período de janeiro a março de 2020 com os números de anos anteriores, os resultados mostraram uma das maiores quedas já vistas (com vendas abaixo das 300 milhões de unidades).
O que começou como um problema do lado da oferta, inicialmente limitado à China, transformou-se em uma crise econômica global, com o impacto do lado da demanda começando a aparecer no fim do trimestre.
É praticamente uníssono entre as firmas que os resultados negativos são reflexos das restrições de oferta causadas pela interrupção da cadeia de produção na China, associada à redução da demanda e da incerteza do mercado financeiro em diversos países — tudo isso desencadeado, claro, pela pandemia.
As pesquisas das firmas supracitadas também concordaram quanto à fatia do mercado de cada fabricante, sendo que a Samsung ficou em primeiro lugar em todas elas, seguida pela Huawei e, enfim, pela Apple. Ao examinar os números de uma perspectiva regional, a China experimentou o maior declínio nas vendas, com queda de mais de 20%.
Por fim, é difícil prever como o mercado reagirá às consequências da pandemia nos próximos trimestres. Em muitos casos, à medida em que as incertezas econômicas regionais e mundial permanecem, as fabricantes estão reconsiderando suas perspectivas para 2020 — como a própria Apple.
via AppleInsider