Salvo raras exceções, os produtos flagship da Apple (tirando acessórios) costumam ser atualizados anualmente pela companhia.
Há quem ache isso uma espécie de exagero do nosso atual mundo capitalista, mas eu sinceramente não vejo com maus olhos. A tecnologia de fato avança a passos largos e deixar qualquer produto que seja — um computador, tablet, smartphone, smartwatch, etc. — “congelado” por dois ou três anos seria muito ruim para o consumidor que não compra aquele determinado modelo por volta do seu primeiro ano de vida.
Explico: embora as fabricantes desses produtos até gostariam que você trocasse cada um deles anualmente, o maior benefício de tais dispositivos serem atualizados anualmente é que, sempre que um consumidor quiser ou precisar comprar um deles, saberá que estará pondo as mãos em algo realmente de última geração — sem correr o risco de pagar caro por algo já defasado.
O Watch é um dos produtos flagships da Apple que definitivamente não merece ser trocado todo ano, e isso se aplica até mesmo a mim, editor-chefe de um site como o MacMagazine. Não é à toa que, na história desse produto, já me peguei “pulando” gerações múltiplas vezes — e foi o que fiz no ano passado, mantendo o meu Series 7 no pulso.
Agora, em 2023, fiz o upgrade para o Apple Watch Series 9 Ultra 2!
Alumínio
Mesmo pulando uma geração aqui e ali, eu já tive alguns bons Apple Watches desde a primeira geração. Mas há algo em comum entre todos eles: sempre optei pelo modelo mais barato, de alumínio (sem conectividade celular e com pulseira de esportiva).
Como vocês sabem, desde sempre temos na linha de Apple Watches versões mais caras com a caixa de aço inoxidável e outras ainda mais caras da linha Edition — que já foi de ouro, de cerâmica e de titânio.
Além do material diferente da caixa do relógio em si, esses modelos mais caros têm suas telas protegidas por um cristal safira em vez do tradicional vidro de “íons X”, como a Apple chama, dos modelos mais baratos. Na prática, isso significa que elas são bem menos propensas a arranhar.
Fora isso, todos esses modelos mais caros já vêm com conectividade celular embutida — ainda que você precise contratar um plano à parte da sua operadora para usufruir da tecnologia. Mas, para quem precisa muito disso, também há modelos de alumínio com conectividade celular que ainda custam menos do que um de aço.
De resto, é tudo exatamente igual: tamanhos, chip, memória, sensores, botões, sistema, apps e por aí vai. É por isso que eu nunca me seduzi a gastar mais num modelo de aço, ou muito menos num Apple Watch Edition.
Tal como este que vos escreve, trocentos outros consumidores certamente já fizeram uma análise semelhante à minha e hesitaram em gastar mais. A Apple sabe bem disso, por isso ela criou o…
Ultra
Lançado originalmente no ano passado, o Apple Watch Ultra foi o primeiro modelo mais caro da linha de relógios da Maçã a realmente trazer coisas extras além de simplesmente um material de acabamento mais caro — no caso dele, o titânio (com o cristal safira na tela também, é claro).
O Ultra trouxe um novo design para o Apple Watch, proporcionando uma sensação de maior robustez. Ele também é o maior já lançado até hoje, com uma caixa de 49mm que felizmente ainda é compatível com as pulseiras dos relógios de 44-45mm.
E essa área útil maior também permitiu à Apple colocar lá dentro a maior bateria que já equipou um Watch, proporcionando uma autonomia de dois dias inteiros em uso normal — ou até mais do que isso, se você usá-lo em Modo Pouca Energia.
De quebra, ganhamos no seu lado esquerdo um novo botão físico (na cor Laranja Internacional), o chamado botão de Ação. Ele pode ser configurado das mais diversas formas, mas deixarei uma seção à parte sobre ele mais à frente neste review.
Apesar de os Apple Watches anteriores ao Ultra já serem oficialmente à prova d’água (desde o Series 2, diga-se), este novo modelo é o mais resistente de todos (até 100m!) e conta com um sensor dedicado para aferir a sua profundidade — excelente para quem pratica atividades subaquáticas —, além de um GPS de precisão e dupla frequência (para melhor geolocalização).
Com tudo isso, a Apple resolveu posicionar o Ultra como um modelo destinado a atletas profissionais, aventureiros, alpinistas, exploradores, mergulhadores e afins. Não sou, obviamente, nada disso — e, ainda assim, decidi comprar um para mim. Por quê?
Simples: porque esse é, obviamente, o melhor Apple Watch que a empresa já criou. E nós, consumidores, temos a tendência de muitas vezes comprar coisas com recursos de sobra para nós em vez de algo que estará ali sempre no limite do que você precisa. Isso nos dá uma sensação boa, de eliminar certas preocupações; o simples fato de a bateria do Ultra ser tão boa já é motivo suficiente para muitos consumidores optarem por ele — sem falar, é claro, no tamanho de 49mm, que é ideal para muitos pulsos.
Eu cheguei a testar o primeiro Apple Watch Ultra, no ano passado, e fiquei muito tentado a fazer o upgrade. Só não o fiz, na época, porque estava num momento “paradão” de exercícios físicos e achei que seria ousadia demais da minha parte. Como este ano voltei a ir regularmente à academia e já havia pulado uma geração, achei que o momento era propício.
Faz diferença, na prática?
Posto tudo isso, vocês me perguntam: “E aí, todos esses benefícios do Apple Watch Ultra 2 fazem de fato diferença, na prática?”
Olha… sim e não. Há certas coisas nele que são bem diferentes do que eu estava acostumado no meu Series 7, mas outras inegavelmente estão ali só por “estar” — afinal, vocês acham mesmo que eu algum dia vou precisar do sensor de profundidade desse relógio? O máximo que vi ele funcionar foi brincando na piscina, a 1,5m debaixo d’água.
Mas falando do que realmente faz diferença, e aproveitando que acabei de citar isso, a bateria é certamente um ponto forte aqui. É algo tão significativo que a Apple implementou, no Watch Ultra, uma opção para limitar a sua recarga a 80% quando o sistema detecta que você não precisa de mais do que isso. E, claro, o meu relógio rapidamente entendeu que esse é o meu caso.
Sendo assim, embora eu ainda tenha o costume de colocar o Apple Watch Ultra para recarregar toda noite (afinal, não gosto de dormir com nada no braço — que dirá um trambolho como esse), ele vai até 80% e eu costumo terminar meu dia com 40-50%. Ou seja, no meu uso normal, esse relógio dura facilmente dois dias inteiros, talvez até três!
A resistência também é outro ponto positivo do Apple Watch Ultra. Já cheguei a dar umas duas “porradinhas” na parede, sem querer, que não deixaram absolutamente marca nenhuma nele. E a essa altura (após três meses de uso), com meus relógios anteriores, certamente minha tela já teria alguns micro-arranhões que inexistem neste aqui. Ainda está como novo. 😅
Algo que me chamou atenção logo em meus primeiros testes do Apple Watch Ultra original, no ano passado, foi a sua tela. Talvez a diferença mais perceptível é que ela é totalmente plana, com as bordas em titânio ligeiramente elevadas em relação ao cristal safira para proporcionar ainda mais proteção. Mas o brilho superior dela também é bastante notável, especialmente sob o sol. É um prazer olhar e interagir com esse display, em qualquer situação que seja.
Outra coisa que o Ultra tem de superior em relação aos outros modelos são seus microfones e alto-falantes, mas sinceramente isso é algo que eu uso muito esporadicamente para contar como ponto positivo. Pode ser até que eu evite atender ligações no relógio porque em gerações anteriores isso não era muito legal e, talvez, eu precise me forçar a usar mais isso neste novo modelo. É uma possibilidade.
Botão de Ação
Taí algo que eu esperava mais do Ultra, por achar que ele funcionaria de uma maneira diferente de como funciona, de fato. Antes de eu explicar isso, vamos ao que é possível fazer com esse botão de Ação.
Você pode configurá-lo para iniciar um exercício, o cronômetro, marcar um ponto intermediário numa trilha, retraçar um caminho de volta, iniciar um mergulho, ativar a lanterna, rodar um atalho ou, é claro, desativá-lo para que não faça nada — caso ele lhe incomode, por algum motivo.
Inicialmente eu pensei em defini-lo para Exercício, mas pensei melhor e desisti por dois motivos:
- Eu faço exercício uma única vez por dia (se muito, haha!), então achei exagero dedicar um botão do relógio para isso.
- Eu não uso apenas o app Exercício nativo, mas também o SmartGym quando vou fazer musculação — ou seja, ainda teria que escolher entre um ou outro.
Como as outras opções são mais específicas ainda, optei por configurá-lo para lanterna e acho-o, sinceramente, ótimo para isso.
Mas o que eu não imaginava era de que o botão de Ação funcionaria apenas para a ação principal definida nos Ajustes, a depender da sua escolha, independentemente do que você está fazendo no relógio. Achei que, mesmo usando-o para ativar a lanterna, o botão responderia de forma diferente quanto eu estivesse com um exercício ativo dentro do app SmartGym — por exemplo, passar para a próxima série. Mas não: se eu pressioná-lo enquanto estou malhando, a lanterna é ligada da mesma forma.
Fato é que, além de poder configurar o botão para a ação principal, a Apple poderia também nos dar a opção de personalizar esse comportamento enquanto estivermos usando algum app específico, o que tornaria tudo muito mais interessante.
Eu certamente poderia “contornar” essa minha decepção configurando-o para usar algum atalho cheio de condicionais e afins (como já indicamos aqui no site), mas não é a minha praia. Espero que, futuramente, a Apple torne-o um pouco mais contextual e permita-o realizar diferentes ações a depender da situação ou do que você está fazendo em determinado momento.
Quem, ao contrário de mim, usa o botão de Ação para o app Exercício até dispõe de um pouco mais de funcionalidade nesse sentido. Ao apertá-lo uma vez, você inicia o exercício, mas se estiver por exemplo dentro de uma seção intervalada, pode apertá-lo novamente para passar pra próxima etapa sem nem ter que olhar pra tela. No mais, apertando o botão de Ação e o botão lateral (abaixo da Digital Crown) juntos durante uma corrida, por exemplo, você pausa o exercício — ótimo para atravessar uma rua ou beber água.
Outra coisa que a Apple poderia facilmente habilitar, por meio de uma atualização do watchOS, é uma ação secundária de dois cliques no botão de Ação. Atualmente, ele só faz algo diferente se você pressioná-lo e segurá-lo: aí, abre-se um menu especial para você ativar a sirene, abrir a sua ficha médica, retraçar a bússola ou fazer uma ligação de emergência.
A sirene, por sinal, é outro diferencial do Apple Watch Ultra que explora os seus alto-falantes mais potentes. O som emitido por ela atinge 86dB, o que a Maçã diz ser audível a até 180 metros de distância. Espero nunca ter que usar isso de fato.
Conectividade celular
Citei acima que, até pegar o Apple Watch Ultra 2, sempre optei pelos modelos mais baratos de alumínio. Este aqui é, portanto, o meu primeiro Watch que é equipado com conectividade celular.
E, vejam só: não estou usando e nem pretendo usar isso. Aliás, nem poderia imediatamente se quisesse, pois a minha operadora aqui em Portugal (a MEO) até hoje não oferece suporte a tal. Mas tudo bem, se fosse algo que eu quisesse muito, migraria para outra.
A questão é que realmente não é algo que me apetece, afinal, estou sempre com meu iPhone comigo. Pode ser algo como a história do ovo e da galinha, então quem sabe se tivesse conectividade celular no Apple Watch eu consideraria sair algumas vezes por aí sem o meu iPhone. Mas não é lá muito o meu perfil, e gosto de poder conferir alguma coisa, responder emails e resolver qualquer pepino pelo iPhone em caso de necessidade — sim, até mesmo enquanto estou na academia malhando.
Mas isso é o meu perfil, claro. Eu não corro e imagino que, sair de casa para correr sem precisar levar o iPhone, apenas com o Apple Watch Ultra e os AirPods, por exemplo, deva ser algo muito cômodo e prazeroso.
É importante pontuar isso aqui porque, para quem usa conectividade celular no Apple Watch, a autonomia de bateria é outra. Com o Ultra ainda dá e sobra, mas eu definitivamente não chegaria a dois dias inteiros tranquilos se fizesse uso disso, muito menos três.
Ao contrário do que alguns podem pensar, a conectividade celular não é necessária para usar o Apple Pay com o Apple Watch. Isso é algo que eu uso bastante (muito mais do que pelo iPhone), porque é absurdamente prático dar dois cliques no botão lateral do relógio e então aproximá-lo da maquininha para pagamento sem nem precisar autenticar nada — afinal, ele já está autenticado no seu pulso.
Mostrador
Nos primeiros dias após começar a usar o Apple Watch Ultra 2, hesitei em trocar o meu mostrador padrão. Há anos estava acostumado com o “Infográfico” e tenho também um secundário “Atividade Analógico” que uso quando estou na academia — aliás, graças a Deus podemos de novo alternar entre eles simplesmente deslizando. 🙏🏼
Mas insisti um pouco e resolvi migrar para um mostrador exclusivo desse modelo, que é o “Modular Ultra”. É o mostrador mais denso que a Apple já criou para o Watch, explorando basicamente cada espacinho possível da tela.
Por aqui, para quem tiver curiosidade em saber, configurei o meu da seguinte forma:
- Na moldura, pus os segundos;
- No estilo, deixei o “H:M I” — o padrão, só com a hora;
- No Modo Noite, deixei em “Automático” — assim, tudo fica vermelhão quando há pouca luz;
- Nas três complicações superiores, coloquei a Bússola, a Data de Hoje e a hora digital em Brasília;
- Na complicação central, coloquei as condições climáticas;
- E nas três complicações inferiores, coloquei os Círculos de Atividade, o app Casa e o app Walkie-Talkie (que uso para falar com a esposa de vez em quando).
Confesso que ainda acho ele um tanto denso demais e preferia o aspecto visual do “Infográfico”, mas usar este no Ultra dá uma certa sensação de desperdício de espaço. Então, me acostumei assim.
Ultra » Ultra 2
Bem, como vocês já sabem, eu pulei do Apple Watch Series 7 para o Ultra 2. Mas isso não me impede de falar com quem já tem um Apple Watch Ultra original e quer saber se vale a pena pegar o modelo de segunda geração.
Definitivamente não. Esse foi um dos upgrades anuais menos significativos da história de todos os produtos da Apple, com ele ganhando basicamente um novo chip (o SiP S9, que é ligeiramente mais rápido do que os anteriores) e uma tela ainda mais brilhante.
O brilho do display passou de 2.000 para 3.000 nits, o que sinceramente soa mais impressionante do que é na prática — ela já era brilhante o suficiente para uso sob o sol (outro benefício é aumentar ainda mais a intensidade da lanterna girando a Digital Crown, mas não é nada de outro mundo). Outra coisa que ele é capaz de fazer é operar agora a apenas 1 nit, ótimo para ambientes totalmente escuros; mas, claro, ninguém vai comprar o novo modelo só por isso…
O S9, que também equipa o Apple Watch Series 9, traz outra novidade que a Apple promoveu como muito maior do que realmente é: o Toque Duplo (Double Tap). Com ele, agora você pode dar um duplo-toque com a ponta dos dedos (o indicador e o polegar) para realizar a principal ação na tela do relógio, como atender uma ligação, responder uma mensagem, parar um alarme e outras.
A ideia aqui é permitir que você realize certas ações no relógio quando estiver com a outra mão suja ou ocupada — coisa que eu costumava fazer com a ponta do nariz. 😜 Mas, embora seja uma novidade bem-vinda e que funciona relativamente bem, é algo que eu devo ter usado para valer umas duas vezes nesse tempo todo.
Por mais que a Apple diga que o S9 é o que permite a esse recurso funcionar de forma devida e precisa, é difícil engolir o fato de ela ter deixado essa novidade exclusiva para os relógios deste ano sendo que algo muitíssimo parecido, focado em Acessibilidade, já existia há alguns anos no watchOS. Bola fora.
Outra mancada relacionada ao S9 é que ele possibilita que a Siri realize certas ações de forma local/offline no relógio, bem mais rápida. O problema é que a Apple esquece que é uma empresa globalizada e, por ora, essa novidade só funciona em inglês e mandarim. 🤡
Outras observações
Okay, mais alguns detalhes e extras que não entraram em nenhuma das seções anteriores deste review:
- A Apple manteve as mesmas três únicas opções de pulseiras para o Ultra, da primeira para a segunda geração. Eu optei pela Oceano (Ocean) azul, que é talvez mais próxima da esportiva que eu estava acostumado a usar por anos. É tão confortável quanto, só mais um pouquinho difícil de colocar no braço — mas, claro, já peguei a manha.
- Curiosamente, a pulseira que escolhi é a única que não conta ainda com o selo “Neutra em Carbono”. As outras duas opções já seguem essa nova classificação ambiental da Apple, que também se aplica a certas combinações do Apple Watch Series 9.
- Além da pulseira Oceano original da Apple, também tive a oportunidade de apresentar para vocês em vídeo uma de titânio da SANDMARC que tenho usado em certas ocasiões especiais e gostando bastante dela:
- O “calombo” direito do Apple Watch Ultra, onde fica a Digital Crown e o botão lateral, causou um pequeno problema para mim. Como eu uso o relógio um pouco mais perto da mão do que outras pessoas, é normal ele sem querer tirar uma screenshot da tela ao pressionar ambos os botões simultaneamente (e eu nem vejo quando isso acontece). Poderia desativar tal recurso, claro, mas preciso dele de vez em quando então acabo tendo que apagar algumas screenshots involuntárias da minha fototeca de vez em quando.
- A Apple dobrou a capacidade interna da memória do Ultra 2, agora em 64GB. De novo, entra naquela seara de coisas que é melhor “sobrar” do que ficar no limite; eu sinceramente nem sei quanto de espaço que tenho ocupado no meu Watch (como estou sempre com o iPhone, não preciso transferir músicas, podcasts e mais para o armazenamento do Watch para usar na academia, por exemplo), porém mais é sempre bem-vindo.
- Uma coisa que também “ganhei” na minha migração, que chegou com o Apple Watch Series 8, foi o seu termômetro integrado. Porém, como a Apple continua limitando esse sensor a uso para ciclos menstruais, acaba não tendo utilidade nenhuma para mim. É curioso porque o Ultra até tem um outro termômetro para medir a temperatura da água quando está submerso, mas ainda não nos informa se estamos com febre ou não. 👎🏼
Conclusão
Estou satisfeito com o meu upgrade. A menos que no próximo ano a Apple traga algo realmente significativo para a nova geração (e há rumores disso sim, incluindo um medidor de pressão arterial), pretendo continuar trocando de Watch ano sim, ano não.
Também não é, ao menos para mim, interessante espaçar ainda mais isso porque acabo recuperando parte do meu “investimento” na revenda do modelo anterior e ainda consigo vendê-lo com o AppleCare+ vigente. Colocando na balança, vale a pena.
Ao mesmo tempo, é curioso reconhecer como, trazendo algumas mudanças que nem fazem lá tanta diferença assim no uso cotidiano do relógio, a Apple conseguiu me fazer gastar bem mais nesse modelo Ultra do que jamais fiz em todas as gerações anteriores do Watch. E sei que isso se aplica à realidade de vários outros consumidores.
Definitivamente, o Ultra não é para qualquer um — a começar pelo seu tamanho, que acho que está bem no limite do que eu aceitaria para um relógio (e olha que não tenho pulso fino). Apesar de o seu conjunto de recursos já ter me convencido a fazer a troca, espero que a Apple continue a agregar ainda mais valor para ele em futuras gerações.
Se ela oferecesse mais flexibilidade para o botão de Ação e passasse a explorar mais o termômetro do Watch, duas coisas que por sinal só dependem de updates de software, eu certamente ficaria ainda mais satisfeito do que já estou com esse produto.
[[https://compare.macmagazine.com.br/dispositivo/Smartwatches/Apple-Watch-Ultra-2,10499.00]] [[https://compare.macmagazine.com.br/dispositivo/Smartwatches/Apple-Watch-Series-9-41mm https://compare.macmagazine.com.br/dispositivo/Smartwatches/Apple-Watch-Series-9-45mm]]NOTA DE TRANSPARÊNCIA: O MacMagazine recebe uma pequena comissão sobre vendas concluídas por meio de links deste post, mas você, como consumidor, não paga nada mais pelos produtos comprando pelos nossos links de afiliado.