Uma semana após o lançamento, o app do governo federal Celular Seguro — voltado para prevenir furtos de smartphones — enfrenta críticas. O Grupo EXA elogiou a iniciativa, mas apontou a urgência de ajustes devido a atrasos no bloqueio de parceiros, como bancos.
Para a Folha de S.Paulo, o sócio fundador da empresa, Alberto Leite, destacou que o tempo de espera pode permitir o acesso indevido a dados sensíveis do usuário. Nesse intervalo, ele sugere que o ladrão poderia acessar fotos, vídeos e agenda.
Ao se conectar a uma rede Wi-Fi, o criminoso ainda mantém acesso ao dispositivo. Além disso, o bloqueio imediato da linha telefônica não é garantido, já que o sistema requer até seis horas para enviar a notificação e mais um dia útil para efetivar o pedido.
Aplicativo não monitora usuários, esclarece Ministério
Por outro lado, boatos infundados sobre o Celular Seguro circulam nas redes sociais, alegando que o app monitora usuários e tem acesso a redes sociais, à câmera e ao microfone. O Estadão Verifica desmentiu essas alegações.
À agência, o Ministério da Justiça reforçou que a ferramenta respeita a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e que não solicita acesso a informações de outros aplicativos. O serviço, vale lembrar, registrou mais de 270 mil usuários em um dia.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, classificou as alegações como “desrespeitosas” e assegurou que os dados dos usuários são protegidos conforme a LGPD.
Conforme noticiamos, o app Celular Seguro permite notificar remotamente furto ou roubo, colaborando com bancos e operadoras para bloquear contas bancárias e linhas telefônicas — tudo isso de forma gratuita.
Em uma nota relacionada, o iOS 17.3 — que está atualmente em fase beta — virá com um novo recurso o qual usará biometria para coibir roubos de iPhones.