A Apple chegou recentemente à marca de 2 bilhões de iPhone vendidos, de acordo com uma nova publicação da Asymco.
Embora seja um número extremamente significativo, a Apple não fez nenhum alarde (pelo menos não publicamente) sobre o marco alcançado — e, segundo o analista Horace Dediu, existem alguns possíveis motivos para isso.
Ao contrário do primeiro bilhão, não houve anúncio, nem comemoração. Em parte, isso ocorre porque a Apple parou de relatar as unidades vendidas, mas em parte porque não é tão interessante falar de 2 bilhões, mas sim de 1 bilhão. Há uma dessensibilização quando os números ficam tão grandes. O que acontece depois que você atinge o status de produto mais popular e valioso de todos os tempos? Quanto mais o mundo pode absorver?
Mercado
Além do fato de existirem mais de 1 bilhão de iPhones ativos, estima-se que a base de usuários seja cerca de 26% de todos os usuários de smartphones no mundo — cuja estimativa atualmente é de 3,8 bilhões. Nos Estados Unidos, especificamente, o mercado de iPhones já é maior do que o de aparelhos com Android — e as previsões são de que 60% do mercado seja abocanhado pela Apple.
Além disso, o fato de existirem mais configurações de iPhones também permite uma maior penetração do dispositivo no mercado. Atualmente, a distribuição de preços dos iPhones é maior já vista, segundo a pesquisa — com modelos a partir de US$400 (iPhone SE de 64GB), podendo chegar a US$1.600 (iPhone 13 Pro Max de 1TB).
A análise cita, ainda, o crescente aumento dos incentivos de operadoras e programa de trade-in (o qual também é fornecido pela própria Apple). Essa opção de troca é especialmente importante para o mercado, uma vez que aproximadamente 400 milhões de usuários possuem iPhones com mais de 3 anos — portanto, esse público certamente criará um grande tráfego de compras em algum momento.
Recursos
Analisando mais subjetivamente esse marco, a análise aponta que as especificações dos iPhones continuam “ultrapassando os limites do que os consumidores exigem em um telefone”, com destaque para os novos modelos.
O mais recente iPhone 13 é, na minha opinião, o iPhone mais importante de todos os tempos. Cria a percepção do que deveria ser um telefone e traça a trajetória para uma demanda que ainda não existia. É fácil pensar que a utilidade de um telefone antigo normal é boa o suficiente. Isso pressupõe que estamos satisfeitos com mensagens e aplicativos. Com fotos e vídeos. Sem ângulos amplos, modo Noite e sem fotos macro. O que o iPhone mostrou, entretanto, é que a demanda por desempenho pode ser ampliada.
De fato, a Apple cria a demanda ao introduzir novos recursos que comumente são restritos à geração mais recente do iPhone — fazendo com que, lentamente, mais pessoas passem a usá-los e a exigi-los.
O que torna o iPhone, e talvez a Apple, especiais é que ele parece entregar coisas que ninguém pede, mas todo mundo quer, evitando ultrapassar uma dimensão de desempenho que alguns exigem, mas a maioria não usa.
Seja qual for a estratégia, ela está (claramente) dando certo.
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