Na divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre fiscal de 2024, a Apple informou que autorizou um programa adicional de recompra de ações da companhia no valor de US$110 bilhões.
O valor, recorde para uma empresa americana, superou a maior marca até então, que também pertencia à Apple — em 2018, ela divulgou um programa de recompras no valor de US$100 bilhões. Na verdade, a Apple é responsável pelos 6 primeiros dos 10 maiores planos de recompra de ações já feitos nos EUA — segundo a Bloomberg, a lista também inclui a Chevron e a Alphabet/Google.
A Apple foi a companhia, entre suas rivais de tecnologia, que mais gastou em recompras de ações na última década — US$650 bilhões ao todo, desde 2012.
Imediatamente após o anúncio, as ações da empresa chegaram a atingir uma alta de mais de 6% nas negociações pós-fechamento da NASDAQ, como destacou o QUARTZ — alta que também foi influenciada pelo resultado melhor do que o esperado para os números da Maçã, é claro, especialmente se tratando de China.
“Um número surpreendente”, disse Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers LLC. “A Apple pode estar reconhecendo que está se tornando uma ação de valor que devolve dinheiro aos acionistas, em vez de uma ação de crescimento de alta potência que precisa de caixa para P&D ou expansão.”
Esses programas de recompra de ações acabam sendo benéficos para os acionistas da empresa, já que reduzem o número de ações em circulação, aumentando assim o retorno de um investidor em dividendos futuros.