Rumores recentes apontaram que a Apple estaria prestes a acelerar o desenvolvimento de um anel inteligente. Caso o acessório de fato seja lançado no futuro, ele enfrentará concorrentes já, de certa forma, estabelecidos no mercado, como os produtos da ŌURA — que já até contratou funcionários da Maçã.
E o Oura Ring Gen3, modelo mais recente de anel da empresa, ganhará neste mês dois novos recursos que certamente os farão ser ainda mais competitivos. O dispositivo agora é capaz de estimar a sua idade cardiovascular, bem como a sua capacidade cardíaca. A partir desses dados, o aplicativo da companhia dá dicas de como dormir, movimentar-se e se desestressar melhor; a ideia é fazer o usuário pensar no longo prazo.
O recurso de idade cardiovascular ajuda as pessoas a identificarem comportamentos que poderiam impactar positivamente a sua longevidade. O anel identifica a idade do sistema vascular do usuário e informa a sua diferença em relação à idade cronológica. Isso é feito por meio dos sensores de fotopletismografia (as luzes verdes), que medem a velocidade do pulso e, com isso, determina-se a rigidez das artérias.
Quanto mais rígidas e quanto mais lento o fluxo sanguíneo for, menos eficiente é o sistema vascular de alguém, já que o coração precisa trabalhar mais e as artérias têm menor capacidade de adaptação. Após 14 dias de monitoramento usando o Oura Ring Gen3, o app informa se a sua idade cardiovascular está acima, abaixo ou alinhada (mais ou menos cinco anos) com a cronológica, apontando recomendações para melhorar a saúde.
O recurso de capacidade cardíaca, por sua vez, consiste em realizar um teste de caminhada de seis minutos, devendo andar o mais rápido que o usuário conseguir. A partir disso, o anel calcula uma estimativa de uma métrica chamada VO2 Max.
Trata-se de uma forma de medir a saúde cardiorrespiratória, determinando o máximo de oxigênio que uma pessoa pode usar durante um exercício intenso. Quanto maior, melhor o desempenho em esportes de resistência. Desse modo, pode-se entender a eficiência dos sistemas respiratório e cardiovascular em distribuir oxigênio pelo corpo.
Essa métrica é geralmente utilizada para medir o desempenho de atletas, mas a ideia da ŌURA é usá-la para entender o estado da saúde dos usuários e a sua longevidade, incluindo como diversas partes do corpo estão. Os algoritmos e recursos foram desenvolvidos com pesquisadores, de modo a assegurar a precisão.
O objetivo da empresa é, além de tornar os produtos competitivos, ajudar os usuários a cuidarem melhor da saúde e entender os reflexos da saúde cardíaca em todo o corpo. As soluções, claro, não substituem o acompanhamento médico e exames mais aprofundados, embora ajudem a perceber se há algo de errado, como diversos recursos do Apple Watch.
via TechCrunch