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Apple estaria negociando para colocar modelo de IA da Meta em iPhones [atualizado: ou não]

QubixStudio / Shutterstock.com
Meta AI na tela de um iPhone com Mark Zuckerberg ao fundo

De acordo com uma nova reportagem do The Wall Street Journal, a Apple está discutindo uma possível parceria com a Meta para integrar o modelo de linguagem da empresa ao conjunto de recursos de inteligência artificial (IA) anunciado recentemente pela Maçã — complementar à Apple Intelligence.

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Segundo a matéria, assim como deverá acontecer com o ChatGPT, a empresa comandada por Mark Zuckerberg poderá se beneficiar da enorme popularidade dos iPhones para impulsionar seu modelo de IA (chamado Llama)— algo semelhante ao que a App Store proporciona a desenvolvedores de aplicativos.

A Apple, vale recordar, já anunciou que pretende integrar modelos alternativos ao da OpenAI aos seus sistemas operacionais futuramente. Embora o Gemini (do Google) já tenha sido citado, fontes do WSJ afirmaram que, além da Meta, empresas como Anthropic e Perplexity também estariam no radar da Maçã.

A ideia é deixar que os próprios usuários escolham qual o modelo mais adequado para seu uso — algo semelhante ao que acontece com a escolha do buscador padrão no Safari. A Apple não deverá pagar nada a essas empresas, funcionando como uma “vitrine” para que os usuários assinem seus planos premium.

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No caso da parceria com a OpenAI, por exemplo, espera-se que os custos da empresa com infraestrutura cresçam de 30% a 40% com a alta demanda, mas por outro lado estima-se que 10% a 20% dos usuários do ChatGPT nos dispositivos da Apple optem por migrar para uma assinatura premium.

Inclusive, essa estratégia poderá fazer com que a Maçã até mesmo ganhe dinheiro com a inclusão desses modelos de IA no dispositivo. “Como faz em sua loja de aplicativos, a fabricante do iPhone manteria uma parte da receita de assinaturas [provenientes] de seus dispositivos”, afirma a reportagem.

Virada de chave na relação entre a Meta e a Apple

No caso da empresa-mãe do Facebook, um possível acordo com a Apple poderá representar uma virada de chave na relação entre as duas empresas — especialmente após sucessivos conflitos de interesse que as colocaram em lados opostos em discussões tecnológicas nos últimos anos.

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Um desses conflitos mais recentes foi o lançamento do recurso Transparência no Rastreamento em Apps (App Tracking Transparency, ou ATT) por parte da Apple, o qual pode ter resultado em um prejuízo de até US$13 bilhões ao Facebook apenas em 2022 e teria influenciado até mesmo em um congelamento de contratações na Meta.

Mesmo que as discussões entre a Apple e a Meta envolvendo IA ainda não tenham sido finalizadas e possam até mesmo não vingar, é interessante ver como o boom envolvendo a nova tecnologia está transformando até mesmo relações institucionais entre gigantes da tecnologia.

Atualização, por Luiz Gustavo Ribeiro 24/06/2024 às 20:42

O jornalista Mark Gurman (da Bloomberg) trouxe há pouco informações que rebatem o que foi alegado pelo WSJ. Segundo ele, a Apple rejeitou as propostas da Meta para integrar o chatbot de IA da empresa ao iPhone meses atrás.

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Desse modo, as duas empresas *não* estariam discutindo o uso do chatbot Llama — embora tenham sim mantido breves conversas, em março passado, sobre uma parceria que não atingiu nenhum estágio formal, de acordo com Gurman.

Entre os motivos para o acordo não ter avançado, estaria o fato de que a Apple não considera as práticas de privacidade da Meta “suficientemente rigorosas”. A Maçã também vê o ChatGPT como um serviço superior.

O jornalista, porém, corroborou as informações do WSJ com relação à eventual adição do chatbot da Anthropic ao iOS. Quanto à adoção do Gemini, Gurman disse que o Google já é parceiro da Apple (como buscador do Safari), portanto, um futuro acordo com a empresa se basearia nesse mesmo relacionamento.

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