A Meta anunciou a suspensão temporária de recursos de inteligência artificial (IA) generativa em suas plataformas no Brasil, incluindo o criador de figurinhas do WhatsApp, lançado em maio passado no país.
A medida foi tomada após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) barrar a nova política de privacidade da empresa, que permitia o uso de dados dos usuários para treinar IA. O órgão alegou falta de transparência, dificuldades para os usuários se oporem e infrações à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Em nota ao O Globo, um porta-voz da Meta afirmou que a empresa está “desapontada” com a decisão, classificando-a como um “retrocesso” que atrasará a chegada de benefícios da IA para os brasileiros. A Meta também informou que está engajada em dialogar com a ANPD para resolver as questões levantadas sobre a IA generativa.
A suspensão no Brasil segue um padrão semelhante ao adotado na União Europeia, onde a Meta também adiou o lançamento de seu chatbot Meta AI após questionamentos de autoridades de dados sobre a política de privacidade.
No início de junho, o CEO 1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Meta, Mark Zuckerberg, havia anunciado o lançamento da IA da empresa, incluindo robôs de IA generativa no WhatsApp, no Facebook e no Instagram. Agora, contudo, esses planos estão temporariamente em espera.
No dia 2 de julho, a ANPD proibiu a Meta de usar dados dos usuários para treinar suas IAs devido à falta de transparência nos novos termos de privacidade. A copanhia teve seu pedido de reconsideração negado, mas recebeu um prazo adicional para comprovar a interrupção da coleta de dados.
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.