No dia 19 de julho, um incidente que ficou conhecido como “apagão cibernético” acarretou no cancelamento de voos, problemas em bancos, sistemas de saúde e em muitos outros serviços essenciais mundialmente.
O motivo: uma atualização do software de segurança da CrowdStrike que causou pane e gerou a temida “tela azul da morte” em computadores com o Windows 10, ainda bastante utilizado tanto por usuários comuns quanto por grandes empresas.
Agora, duas semanas após o problema, algumas empresas ainda tentam se recuperar do prejuízo causado pela pane, como é o caso da companhia aérea Delta Air Lines, que pretende processar a CrowdStrike e a Microsoft pelo acontecido.
Em entrevista concedida recentemente à CNBC, o CEO 1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Delta, Ed Bastian, deu uma alfinetada na dona do Windows e comparou a confiabilidade da empresa com a da Apple.
Minha sensação é que eles [a Microsoft] são provavelmente a plataforma mais frágil dentro desse espaço. Quando foi a última vez que você ouviu falar de uma grande interrupção na Apple?
Ao ser questionado se esse cenário não se dá pelo simples fato de a empresa não depender tanto da Apple, Bastian se limitou a dizer que a Delta e a Microsoft ainda são parceiras, mas que a empresa deve ser mais cuidadosa.
No macOS, cabe destacar, apps de segurança como o CrowdStrike não contam com acesso ao kernel do sistema, como acontece no Windows. O próprio sistema operacional faz o trabalho de monitoramento necessário e envia os resultados e dados para esses apps.
No dia 26/6, um post no blog da Microsoft indicou que a empresa poderá seguir esse caminho, sugerindo que adotará mudanças que dispensem a apps de segurança o acesso ao kernel do Windows.
Embora a Microsoft não afirme categoricamente que revogará mesmo o acesso ao kernel do SO, é bem provável que vejamos mudanças nesse sentido no futuro.
via 9to5Mac
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.