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Após três anos, Apple desiste de processo contra o NSO Group

mundissima / Shutterstock.com
NSO Group

Há pouco mais de três anos, a Apple vem travando uma batalha contra o spyware Pegasus, da empresa israelense NSO Group — o qual, segundo a companhia, coloca em risco a privacidade dos usuários de seus dispositivos.

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Apesar de um acordo não ter sido firmado por ambas as partes, parece que a Apple decidiu mudar suas prioridades e pediu para que a corte responsável pelo caso descarte o processo. O jornalista Joseph Menn, do The Washington Post, apontou os motivos para essa mudança em uma reportagem:

A Apple pediu a um tribunal na sexta-feira que descarte seu processo de hacking de três anos contra o pioneiro em spyware NSO Group, argumentando que talvez nunca conseguisse obter os arquivos mais críticos sobre a ferramenta de vigilância Pegasus do NSO e que suas próprias divulgações poderiam ajudar o NSO e seu número crescente de rivais.

A reportagem também fala de uma versão redigida do processo no Tribunal Federal de San Francisco, a qual contaria com uma citação a um artigo de julho do jornal britânico The Guardian. Esse artigo relatava que autoridades israelenses haviam pegado arquivos da sede do NSO e também que elas pediram a um tribunal israelense para manter a ação em segredo. Entre as pessoas que não poderiam ter acesso a essa informação, estariam até mesmo partes envolvidas em um outro processo ainda pendente, movido pelo WhatsApp (da Meta) contra o NSO Group (e que também envolvia hacking).

Autoridades israelenses nunca chegaram a negar a existência desses documentos ou que teriam interferido nessa investigação contra o mensageiro, a qual está sendo conduzida nos Estados Unidos. A Apple citou esse episódio como um dos motivos para desistir do processo:

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Embora a Apple não tome uma posição sobre a verdade ou a falsidade da história do Guardian descrita acima, sua existência apresenta motivos para preocupação sobre o potencial da Apple de obter a descoberta de que precisa.

Em janeiro, o NSO Group solicitou que o caso fosse arquivado — pedido esse que acabou sendo recusado. A empresa também não estaria indo bem na sua batalha contra a Meta.

Como Menn aponta, o motivo de a Apple ter desistido seria a preocupação de que suas próprias divulgações não seriam mantidas em confidencialidade. Para que o caso continuasse, a empresa teria de revelar informações que não seriam benéficas caso se tornassem públicas e caíssem em mãos erradas.

Em outras palavras, seria mais fácil abrir mão dessa batalha visando o bem-estar da empresa do que tomar riscos considerados desnecessários pela Apple.

via 9to5Mac

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