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DoJ acredita que Google precisa vender o Chrome para diminuir seu monopólio

Funstock / Shutterstock.com
Google Chrome no iPhone

O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos, que vem travando uma batalha regulatória de grandes proporções contra o Google nos últimos tempos, afirmou ontem em um documento [PDF] que a gigante de Mountain View deveria vender o seu famoso navegador Chrome como uma forma de diminuir o seu monopólio. As informações são do TechCrunch.

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Essa proposta foi compartilhada pelo órgão do governo americano [PDF] em um processo que está correndo no Tribunal Distrital do Distrito de Columbia. Em agosto, o juiz americano Amit Mehta, que está cuidando do caso, já havia entendido que o Google mantinha um monopólio no mercado de buscadores — determinação que, inclusive, colocou em risco sua parceria com a Apple.

Para justificar sua mais recente sugestão, o DoJ disse que o fato de o Google ser o dono do Chrome e do sistema operacional Android impõe dificuldades para a aplicação de soluções que visem tornar o mercado mais competitivo, uma vez que são canais por onde a empresa distribui seus serviços de busca.

O DoJ também considerou a ideia de forçar a empresa a vender o Android, mas como isso provavelmente incomodará não só o seu atual dono como outras empresas, o órgão propôs aplicar apenas medidas para impedir o Google de usar o sistema operacional de modo a favorecer o seu serviço de busca. Caso a empresa desrespeite essas medidas, aí sim ela poderia ser forçada a se desfazer do sistema operacional.

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Voltando ao Chrome, uma vez que o navegador fosse vendido, o Google também estaria proibido de retornar ao mercado de browsers por cinco anos. O DoJ também propôs que a empresa fosse impedida de comprar ou possuir qualquer serviço rival de anúncios baseados em pesquisa de texto, produto de IA baseado em busca ou tecnologia de anúncios.

Além disso, foi dito que o Google deveria licenciar seus dados de pesquisa, bem como dados de cliques em anúncios, para rivais. O documento apresentado ontem ventilou, ainda, a possibilidade de a companhia fornecer ferramentas as quais tornem possíveis que editores optem por não permitir que o Google utilize seus conteúdos para treinar modelos de inteligência artificial.

A resposta

Em resposta, o Google publicou hoje um texto no seu blog oficial no qual chama as ações do DoJ de uma “agenda intervencionista radical”. Segundo a empresa, a venda do Chrome (e potencialmente do Android), colocaria milhões de cidadãos estadunidenses em perigo, uma vez que a empresa não teria mais como garantir a segurança desses produtos.

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O Google também argumentou que essas propostas iriam minar seus investimentos em IA — mercado no qual, segundo a própria empresa, ela tem uma posição de liderança. Outro ponto destacado foram os acordos do Google com nomes como o Mozilla Firefox, que seria um dos “serviços inovativos” afetados negativamente por essas mudanças.

O Google deverá enviar uma resposta oficial para essas propostas do DoJ no próximo mês. É esperado que esse julgamento entre na sua fase final em algum momento de 2025.

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