Após mais de uma década de disputa judicial, Eugênio Staub, presidente do conselho da Gradiente, quebrou o silêncio sobre o caso. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Staub revelou seu sentimento em relação à disputa contra a Apple pela marca “iphone”.
Staub criticou o “complexo de vira-lata” que considera a Gradiente uma empresa brasileira tentando se aproveitar da Apple. Ele defende o mérito da Gradiente em lançar um produto inovador antes da gigante de Cupertino.
Para Staub, o caso deve servir de exemplo para valorizar a capacidade de criação brasileira. Ele cita inventores brasileiros não reconhecidos, como o padre Landell de Moura.
Em 2000, a Gradiente lançou o telefone “G Gradiente iphone”, sete anos antes do lançamento do iPhone da Apple. A empresa registrou a marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e obteve o registro em 2008.
Em 2012, a Gradiente relançou uma linha de celulares com o nome “iphone”, levando a Apple a apresentar uma ação para pedir a nulidade do registro. Após idas e vindas na Justiça, o caso aguarda julgamento no plenário físico do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Gradiente agora aposta no avanço da energia solar, após encerrar o seu processo de recuperação judicial em 2023. O desfecho dessa disputa poderá influenciar o futuro da empresa.