O melhor pedaço da Maçã.
rafapress / Shutterstock.com
Logo da Apple e silhueta de pessoa usando um smartphone

Apple é alvo de outro processo por falta de recurso contra pornografia infantil

De acordo com o The New York Times, a Apple está sendo processada (novamente) por uma mulher nos Estados Unidos após desistir de implementar a detecção de conteúdos relacionados a abuso sexual e pornografia infantil em fotos e vídeos armazenados por usuários no iCloud.

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A Maçã, vale recordar, anunciou um recurso de escaneamento do gênero para seu serviço em 2021, mas desistiu do lançamento um ano depois após muitas críticas de especialistas em cibersegurança, os quais temiam que isso abrisse as portas para vigilância por parte de governos autoritários.

A mulher em questão, que foi abusada ainda na infância, tomou essa decisão após ser informada de que imagens da violência que sofreu foram encontradas no MacBook de um homem e que elas chegaram a ser armazenadas pelo criminoso no serviço de nuvem da Maçã sem nenhuma restrição.

Ao processar a Apple, ela alega que a empresa quebrou sua promessa de proteger vítimas de abuso como ela e simplesmente não usou as ferramentas que havia criado para remover e denunciar imagens do gênero — o que possibilitou a proliferação desse tipo de material através da internet.

No processo, que poderá beneficiar outras 2.680 vítimas semelhantes, espera-se que a Apple pague uma indenização de US$150 mil por danos morais para cada pessoa — o que poderá resultar em uma despesa de mais de US$1,2 bilhão para a empresa, caso algum tribunal a considere responsável.

O que dizem os envolvidos

Comentando o processo, um assessor da Apple afirmou que a Maçã está comprometida em combater os meios pelos quais criminosos colocam as crianças em risco e “inovando urgente e ativamente para combater esses crimes sem comprometer a segurança e a privacidade” dos usuários.

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Ele ainda citou ferramentas de segurança implementadas pela Apple em seus sistemas visando proteger crianças de conteúdos sexuais — como um recurso no iMessage que permitirá denunciar mensagens contendo fotos e vídeos de nudez e poderá resultar no banimento do remetente.

A vítima do abuso cujas imagens serviram para dar origem ao processo também falou com o jornal. Usando um pseudônimo, ela afirmou que a Apple deu falsas esperanças e escolheu priorizar privacidade e lucro, alegando ainda que a inação da empresa sobre o tema foi “de partir o coração”.

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