O Gabinete do inspetor geral (Office of Inspector General, ou OIG) do governo americano divulgou os resultados de uma investigação [PDF] sobre o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, com foco nos processos compulsórios do órgão durante a administração de Donald Trump para obter registros de jornalistas e parlamentares — esbarrando em pedidos feitos à Apple sem a devida autorização.
Mais precisamente, as exigências do DoJ por dados como mensagens e chamadas de pelo menos dois políticos (bem como de seus assessores e familiares), foram feitas sem a devida liberação, de acordo com a investigação. Além disso, o órgão não conseguiu a autorização do procurador geral para impor acordos de confidencialidade à Apple e ao Google sobre o caso — embora tenha emitido nada menos que 40 ordens do tipo para as duas empresas.
O OIG se mostrou “preocupado” com essas falhas, e é importante que elas não sejam permitidas novamente. Entretanto, o relatório do órgão diz que o DoJ não recebeu nenhum registro da gigante de Cupertino em resposta aos processos compulsórios, apenas se havia contas da Apple registradas com números de telefone específicos.
Isso porque, conforme observado pelo Engadget, a empresa reagiu na época, elaborando uma nova política de que forneceria apenas 25 “identificadores” (como partes de dados como números de telefone e endereços de email) por demanda.
Vale notar que a Apple tem travado, desde o começo deste ano, uma grande batalha judicial contra o DoJ, com a empresa insistindo para que o processo antitruste seja rejeitado.