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Tech Mix: GenCast do Google, premiação The Game Awards 2024 e lançamento do Realme GT 7 Pro

Hoje a Tech Mix vai de previsões a revoluções. Temos a GenCast, a nova inteligência artificial do Google que promete transformar a previsão do tempo em algo tão preciso quanto o toque de um Apple Pencil no iPad. Trouxe ainda os destaques do The Game Awards 2024, o Oscar dos jogos. E, por fim, o Realme GT 7 Pro, o novo “monstro” dos smartphones — ou pelo menos nas especificações.

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Vamos lá?

GenCast: a previsão do tempo ganhou um upgrade?

Se tem algo que sempre rende assunto — seja para planejar um churrasco ou justificar um atraso — é a previsão do tempo. Agora, com o lançamento da GenCast, o Google está prometendo transformar essa prática em algo quase infalível. Utilizando inteligência artificial de ponta, a novidade promete previsões mais rápidas, detalhadas e, principalmente, precisas, até 15 dias à frente. Parece mágica, mas é pura ciência — quer dizer, talvez tenha um toque de magia aí.

A GenCast foi desenvolvida pela DeepMind, braço de IA do Google que já nos impressionou no passado com projetos como AlphaGo e AlphaFold. Ele combina dados meteorológicos tradicionais (como imagens de satélite) com modelos preditivos alimentados por machine learning. A ideia é clara: usar poder computacional para encontrar padrões que humanos (e até sistemas tradicionais) não conseguiriam perceber.

Um diferencial impressionante da GenCast é a velocidade. Enquanto sistemas meteorológicos convencionais em um supercomputador levam horas para processar dados e gerar previsões, o algoritmo da IA faz uma previsão de 15 dias em 8 minutos. Isso significa que, no caso de eventos climáticos extremos, como tempestades ou furacões, os alertas podem ser emitidos com mais rapidez, potencialmente salvando vidas e reduzindo danos.

Uma linha do tempo até a GenCast

Esse avanço não aconteceu do dia para a noite. Nos últimos anos, o Google tem investido pesado em IA aplicada a questões climáticas. Em 2020, eles introduziram sistemas de previsão de curto prazo baseados em aprendizado de máquina. Em 2022, começaram a integrar inteligência artificial para analisar imagens de satélite em tempo real.

Agora, para o começo de 2025, a GenCast aparece como o ápice dessa evolução. Você pode ler toda a pesquisa do Google, com uma infinidade de números e fórmulas, na revista científica Nature.

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Para se ter uma ideia, na prática, a IA da GenCast não apenas observa o que está acontecendo na atmosfera, mas também “aprende” com previsões de décadas passadas, corrigindo erros e ajustando parâmetros com base em novos dados. É como se o sistema fosse um meteorologista que melhora a cada previsão — só que sem precisar de um cafezinho para funcionar.

O impacto no dia a dia e o futuro

Na prática, a GenCast pode mudar não apenas como planejamos nossas atividades, mas também como indústrias inteiras operam. Agricultura, aviação, logística e até turismo podem se beneficiar imensamente de previsões mais precisas. Imagine uma fazenda ajustando irrigação com base em uma previsão específica ou uma companhia aérea redirecionando voos para evitar turbulências com maior precisão.

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Mas calma, nem tudo são flores. Especialistas apontam que, apesar do avanço, o clima ainda é notoriamente difícil de prever, especialmente em áreas tropicais como o Brasil. Fatores como mudanças climáticas e eventos inesperados podem dificultar até mesmo o trabalho da IA mais avançada.

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A GenCast não está sozinha nesse campo. Empresas como IBM e startups menores também estão desenvolvendo tecnologias para aprimorar previsões do tempo. No entanto, a infraestrutura do Google, somada à expertise da DeepMind, dá à GenCast uma vantagem significativa. E essa competição é ótima: quanto mais players investirem em melhorar a meteorologia, maior será o benefício para todos.

Por que isso importa?

Olhando para o futuro, o Google planeja integrar a GenCast em plataformas como o Google Weather, o Google Maps e até dispositivos domésticos inteligentes. Imagine o seu dispositivo inteligente da casa, ou o celular, avisando: “Hoje à noite tem 90% de chance de chuva no bairro local do seu compromisso às 20h, leve o guarda-chuva!”

Num mundo onde mudanças climáticas têm causado eventos extremos com mais frequência, ter previsões precisas não é apenas um luxo, é uma necessidade.

Então, da próxima vez que você pensar se vai chover, talvez não precise mais consultar aquele velho aplicativo com gráficos genéricos. Em vez disso, confie na IA. Porque se o Google está apostando pesado nisso, quem somos nós para duvidar?

The Game Awards 2024: um Oscar, só que de joystick na mão

O The Game Awards é a noite mais esperada pelos gamers de todo o mundo. Realizado anualmente, o evento é uma mistura de premiação, conferência de anúncios bombásticos e, é claro, uma bela dose de rivalidade entre fãs. Em 2024, a cerimônia manteve a tradição e consagrou jogos que dominaram nossos controles e teclados durante o ano. Mais que troféus, a premiação dita tendências e nos dá um vislumbre do futuro da indústria.

Apresentado pelo carismático Geoff Keighley (um nome que já virou sinônimo de hype), o evento trouxe não apenas os melhores jogos do ano, mas também anúncios de tirar o fôlego. De trailers de novas franquias a atualizações impressionantes de títulos já consagrados, o TGA 2024 provou novamente que é mais do que uma celebração: é o ponto de encontro entre criadores, jogadores e, claro, patrocinadores gigantes.

O evento é longo, mas caso tenha interesse, a premiação pode ser assistida no vídeo abaixo. Ah, o “tempo de espera” é de quase uma hora, então pode pular direto para a minutagem 59:07.

YouTube video

Os grandes vencedores da noite

Entre os destaques da noite, o jogo Astro Bot: A New Horizon, game do PS5, levou o prêmio de Jogo do Ano (e outros três prêmios), encantando tanto críticos quanto jogadores com sua narrativa e gameplay. Já o aguardado Black Myth: Wukong levou a estatueta de Melhor Jogo de Ação.

Outros prêmios importantes incluíram:

  • Melhor Jogo Independente, Melhor Estreia de Jogo Independente e Melhor Jogo Mobile: Balatro, um jogo que redefiniu o gênero roguelike com criatividade e estilo. Aliás, já citei em minha coluna há alguns meses a versão mobile Balatro+, como um dos meus jogos preferidos do Apple Arcade.
  • Melhor Multiplayer: Helldivers 2, jogo cooperativo de tiro em terceira pessoa para destruir uma peste alienígena.
  • Melhor Narrativa: Metaphor: ReFantazio, com uma história envolvente, na qual o protagonista viaja com sua fada para quebrar uma maldição.

A lista completa você pode conferir no site oficial da premiação.

Uma das maiores tendências deste ano foi o avanço dos jogos com suporte total a inteligência artificial. Títulos como Black Myth: Wukong implementaram inimigos e ambientes que reagem dinamicamente às ações do jogador, prometendo experiências cada vez mais imersivas. Além disso, o foco em múltiplas plataformas e gráficos ultrarrealistas mostrou que a linha entre cinema e videogames está cada vez mais borrada.

Outro destaque foi a aposta em narrativas profundamente emocionais, com enredos que desafiam moralidades e criam conexões humanas reais entre personagens e jogadores. A combinação de tecnologia e storytelling me cativa muito quando vou escolher meu próximo vício.

Jogos disponíveis no ecossistema Apple

Dos vencedores da premiação, quatro jogos estão disponíveis nativamente, ou seja, sem a utilização de serviços de streaming na nuvem, como o GeForce NOW. São eles:

Essas premiações, como o The Game Awards, trazem visibilidade não só para os jogos mas para as plataformas que os distribuem. Ter jogos vencedores no ecossistema da Apple é mais uma motivação para a expansão do investimento das empresas em jogos multiplataformas, assim como para a Apple e seus usuários gamers acreditarem no futuro gaming em um notebooks e aparelhos portáteis, como o iPhone.

Balatro, por exemplo, venceu não só três prêmios no TGA, mas também o Jogo Apple Arcade do Ano, na premiação da Maçã, intitulada App Store Awards 2024.

Você também tem o hábito de jogar no Mac ou no iPhone? Ou precisa de um upgrade pra dar conta do recado? Porque tem celular da concorrência chegando carregado de especificações…

Realme GT 7 Pro: chegou o novo “chefão” dos smartphones?

Se o mercado de smartphones fosse um campeonato de futebol, o Realme GT 7 Pro seria aquele time estreante que chega arrebentando e rouba a cena dos favoritos. Ou pelo menos para quem entende de futebol, que não é o meu caso.

Anunciado recentemente no Brasil, o novo flagship da Realme promete balançar as redes de quem busca potência, design e inovação. Com especificações impressionantes e alguns truques exclusivos, ele já está sendo chamado de “o celular mais poderoso do Brasil”. Mas será que ele é tudo isso?

O que tem de novo no Realme GT 7 Pro?

Primeiro, vamos falar de performance. O Realme GT 7 Pro é o primeiro smartphone do Brasil com o Snapdragon 8 Elite, o processador mais avançado da Qualcomm até o momento. Em um rápido comparativo, ele é 40% mais rápido que o Snapdragon 8 Gen 3, o chip do Galaxy S24 Ultra (da Samsung).

Outro destaque é sua bateria de 6.500mAh, que vem com suporte a carregamento ultrarrápido de 120W. Isso significa que você pode recarregar o celular para o dia inteiro enquanto toma um café. E não é exagero! A Realme promete que, em 14 minutos, o GT 7 Pro está pronto para um dia inteiro de uso com 50% de carga. Ou 37 minutos para carregar 100% da sua bateria gigante. A vida útil dela? Melhor deixa para lá.

Duas coisas me chamaram a atenção: a classificação IP69 e um brilho de até 6.500 nits. Comparando, hoje o iPhone 16 Pro Max, lançado há três meses e custando a partir de R$12.500 no site da Apple, possui certificação IP68 — claro, já é uma boa resistência, mas não a ponto de a Maçã usar a expressão “à prova d’água” como a Realme faz em seu site — e um pico de 2.000 nits.

Por sinal, e apenas por curiosidade, a denominação IP69 ainda não é o grau de proteção máximo a um equipamento ou maquinário. Este feito fica para o índice “IP69K”, que inclui tratamento contra vapores e jatos d’água com alta pressão e temperatura.

Mais um grande diferencial do GT 7 Pro é o recurso de resfriamento por grafeno, que mantém o dispositivo fresco mesmo durante maratonas de jogatina.

O software é baseado no Android 15. A Realme UI 6 já vem com um visual igual muito parecido com o do iOS, incluindo algo no estilo Ilha Dinâmica (Dynamic Island) e Atividades ao Vivo (Live Activities). É bom que, quando você sair do iPhone, nem vai sentir tanta diferença visual. Heh.

Especificações completas

Para os amantes de números, aqui vai um resumo das especificações do GT 7 Pro:

  • Câmeras: módulo traseiro com três câmeras, sendo a principal de 50 megapixels, ƒ/1.8 e visão de 84,4º + câmera periscópio (telefoto) com 50MP, com ângulo de visão 32,8º e ƒ/2.65 + ultra-angular com 8MP, visão de 112º e ƒ/2.2. A câmera selfie é de 16MP, abertura ƒ/2.45 e um campo de visão de 82,3º. Todas fabricadas pela Sony. 
  • Processador: Snapdragon 8 Elite de 3 nanômetros com até 4,32GHz de frequência máxima de CPU 1Central processing unit, ou unidade central de processamento..
  • Tela: curvada, AMOLED 2Active-matrix organic light-emitting diode, ou matriz-ativa de emissão de luz orgânica por diodos. de 6,78 polegadas com taxa de atualização de 120Hz e Dolby Vision HDR10+.
  • Armazenamento: 256GB ou 512GB.
  • Memória: 12GB ou 16GB, com até 28GB de RAM 3Random access memory, ou memória de acesso aleatório. Dinâmica.
  • Conexões: Bluetooth 5.4, Wi-Fi 7 e NFC 4Near field communication, ou comunicação por campo de proximidade..
  • Bateria: 6.500mAh com carregamento de 120W.
  • Tamanho e peso: 162,45×76,89×8,55mm, com 222,8 gramas — 4,2g mais leve que o iPhone 16 Pro Max.
  • Desbloqueio: leitor de impressão digital ultrassônico em 0,1 segundo, inclusive debaixo d’água.
  • Sistema operacional: Realme UI 6 baseado no Android 15.

Curtiu? Finalizo então com um vídeo mostrando a inspiração em Marte da Realme, para o design do aparelho.

YouTube video

E assim encerramos mais uma edição da Tech Mix. De previsões do tempo que flertam com a perfeição, passando pelos melhores jogos do ano, até um smartphone que promete ultrapassar todos os modelos. Em algumas especificações, é claro.

Até a próxima mistura tech! 🤓

Notas de rodapé

  • 1
    Central processing unit, ou unidade central de processamento.
  • 2
    Active-matrix organic light-emitting diode, ou matriz-ativa de emissão de luz orgânica por diodos.
  • 3
    Random access memory, ou memória de acesso aleatório.
  • 4
    Near field communication, ou comunicação por campo de proximidade.

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