Ainda sem previsão para entrar em vigor no Brasil, a alteração na checagem de fatos e na moderação anunciada ontem pelo CEO 1Chief executive officer, ou diretor executivo. Mark Zuckerberg nas plataformas da Meta (Instagram, Threads e Facebook) já reverberou no cenário brasileiro.
Nesse sentido, conforme informações do O Globo, o Ministério Público Federal (MPF) alegou que vai oficiar a empresa para avaliar o impacto das novas regras com o intuito de “estimar um impacto de uma eventual aplicação dessas novas regras no Brasil”.
Outro órgão que se preocupou com a decisão anunciada pelo executivo foi a Justiça Eleitoral. Isso porque, já há algum tempo, a Meta é signatária do programa de enfrentamento à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet.
Também segundo informações do O Globo, a Justiça Eleitoral ainda não foi informada oficialmente sobre as alterações que ocorrerão nas plataformas da Meta. Porém, considerando que os preparativos para as eleições presidenciais no Brasil em 2026 começarão neste ano, o órgão se preocupa como isso afetará o combate às fake news, uma de suas prioridades.
A mudança, como informamos, implica que a Meta deixará de ter os parceiros de verificação de fatos que auxiliam a moderação das publicações e passará a permitir que os próprios usuários adicionem informações — semelhantemente ao que já acontece nas Notas da Comunidade (Community Notes) do X, ex-Twitter.
Até o momento, a Meta não foi comunicada oficialmente.
via TudoCelular.com
Atualização 10/01/2025 às 17:20
O governo brasileiro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), notificou a Meta de forma extrajudicial sobre as mudanças na sua polícia. Mais precisamente, foram solicitados “esclarecimentos sobre o encerramento do programa de checagens de fatos nas redes sociais da empresa”.
A AGU solicita à Meta informações sobre as “providências que vem sendo adotadas a respeito do dever de cuidado com relação à coibição de violência de gênero, proteção de crianças e adolescentes, prevenção contra racismo, homofobia, prevenção contra suicídio, óbices e discursos de ódio e outros temas de direito fundamental”. E requer que seja esclarecido se haverá divulgação de relatório de transparência sobre a checagem de desinformação realizadas por notas da comunidade, método recentemente adotado pela rede social X.
Segundo a notificação da AGU, as manifestações em plataformas digitais não podem ser realizadas para “minar a legitimidade das instituições democráticas, nem causar pânico na população”, alertando que a desinformação e o discurso de ódio “enfraquecem a confiança nas instituições democráticas”.
A Meta possui agora 72 horas para que atenda a notificação do governo — ou seja, até segunda-feira (13/1) à tarde.
via Tecnoblog
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.