O melhor pedaço da Maçã.

França rejeita acusações do Congo contra a Apple por uso de minerais de conflito

Crianças trabalhando em minas de cobalto na África

A promotoria de Paris (França) decidiu arquivar um caso movido pela República Democrática do Congo contra subsidiárias da Apple, que acusava a empresa de usar minerais de conflito em sua cadeia de produção.

Publicidade

Essa informação foi divulgada hoje, com base em um documento obtido pela Reuters. Segundo a promotoria, as acusações de lavagem de dinheiro e práticas comerciais enganosas não tinham base suficiente para seguir adiante.

O caso começou em dezembro passado, quando o Congo acusou a Apple de usar estanho, tântalo e tungstênio — minerais conhecidos como 3T — vindos de minas controladas por grupos armados no Congo e em Ruanda.

Esses grupos são frequentemente ligados a violações graves de direitos humanos, como massacres, estupros e saques. A Apple, por sua vez, sempre negou as acusações e afirmou que exige que seus fornecedores não usem minerais de zonas de conflito.

Publicidade

No documento, datado de 18 de fevereiro, a promotoria de Paris sugeriu que o Congo levasse o caso a outro órgão, especializado em crimes de guerra, caso quisesse continuar com a denúncia. A promotoria e a Apple não comentaram a decisão, até o momento.

Os advogados do Congo, William Bourdon e Vincent Brengarth, criticaram o arquivamento, chamando-o de “muito parcial”. Eles disseram que vão contestar a decisão, já que consideram os fatos denunciados extremamente graves e acreditam que os responsáveis precisam ser identificados e punidos.

O Congo é um dos maiores produtores mundiais de minerais 3T, essenciais para a fabricação de celulares, computadores e outros eletrônicos. No entanto, a região leste do país, rica em minérios, vive décadas de conflitos violentos, com grupos armados lutando pelo controle das minas. Muitos desses grupos são acusados de crimes brutais contra a população.

Processo na Bélgica continua de pé

Além do caso na França, o Congo também apresentou uma denúncia semelhante na Bélgica. Enquanto o processo francês foi arquivado, ainda não há informações sobre o andamento do caso belga. O governo do Congo, por meio de seu ministro da Justiça, está liderando as ações legais.

Publicidade

A Apple não se pronunciou sobre o arquivamento do caso na França, mas a empresa já havia cortado relações com fornecedores envolvidos em violações de suas regras sobre minerais de conflito. Em 2020, a companhia deixou de trabalhar com 18 fornecedores por esse motivo e, em 2022, mais 12 foram removidos da lista.

via AppleInsider

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Processo acusa a Apple de mentir sobre Watches neutros em carbono

Próx. Post

Powerbeats Pro 2 não tocam música enquanto monitoram batimentos cardíacos

Posts relacionados