Em meio ao chamado “tarifaço recíproco” imposto pelo presidente Donald Trump contra a China, a Apple acaba de receber um belo alívio.
Segundo um comunicado oficial da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (U.S. Customs and Border Protection), dispositivos como smartphones, computadores, monitores, chips e diversos componentes eletrônicos foram excluídos das tarifas recíprocas (atualmente em 125%) aplicadas sobre produtos importados da China. A isenção vale para produtos que entraram nos EUA ou forem retirados de armazéns a partir de 5 de abril.
A decisão representa um alento para a Apple e outras Big Techs, que vinham enfrentando incertezas quanto ao impacto financeiro dessas tarifas sobre seus principais produtos. Analistas previam que, sem a isenção, os preços dos dispositivos da Maçã poderiam subir consideravelmente.
A medida também deverá influenciar diretamente a estratégia de logística da Apple. Nas últimas semanas, como noticiamos, a empresa vinha acelerando a produção na Índia e aumentando as remessas do país para os EUA justamente para mitigar os efeitos do tarifaço — mais de 600 toneladas (cerca de 1,5 milhão de iPhones) foram despachadas aos EUA em caráter de urgência.
Vale lembrar que, apesar dessa isenção, o cenário segue instável. A exclusão não é definitiva e pode ser revista por Trump a qualquer momento, dependendo da evolução das negociações comerciais entre EUA e China. Ainda assim, trata-se de uma vitória importante para a Apple, que ganha tempo para ajustar a sua cadeia de fornecimento, reforçar estoques e manter o seu plano de produção na China.
via Bloomberg