O melhor pedaço da Maçã.
Ascannio / Shutterstock.com
Dinheiro (dólar) ao lado do logo da Apple

Em meio a pressões, Apple faturou US$27 bi com a App Store em 2024

A Apple faturou mais de US$10 bilhões só em comissões na App Store dos Estados Unidos em 2024, segundo uma análise recente da Appfigures, empresa especializada em inteligência de aplicativos.

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Esse número não só mostra como a Maçã ainda domina o mercado de distribuição de apps, mas também revela como o assunto está cada vez mais no centro de discussões, principalmente por parte de reguladores e desenvolvedores que pedem mudanças.

Faturamento em alta, debates também

De acordo com a Appfigures, a fatia da Apple nas transações da App Store mais que dobrou nos últimos quatro anos: saiu de US$4,76 bilhões em 2020 para mais de US$10,1 bilhões em 2024.

Nesse período, desenvolvedores de apps nos EUA faturaram cerca de US$33,68 bilhões no total, mas levaram para casa pouco mais de US$23,5 bilhões após o desconto das comissões, que normalmente ficam entre 15% e 30%.

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Fora dos EUA, o cenário segue parecido: a Apple teria faturado mais de US$27 bilhões em comissões no mundo todo só no ano passado, reforçando o quanto a App Store é importante para os lucros da empresa.

A propósito: esses valores não batem exatamente com os números oficiais divulgados pela Apple porque ela adota um critério mais amplo para calcular as receitas — inclui, por exemplo, valores de compras feitas fora do aplicativo mas “facilitadas” pelo seu ecossistema.

Decisões da Justiça forçam mudanças

Todo esse montante chama ainda mais atenção agora, principalmente porque a companhia está no meio de batalhas judiciais importantes sobre as regras da App Store.

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Recentemente, um tribunal dos EUA decidiu que a empresa estava em “violação intencional” de uma ordem anterior, por insistir em cobrar 27% de comissão em compras feitas fora de apps e por limitar como os desenvolvedores podiam informar os usuários sobre formas alternativas de pagamento.

Essa decisão veio depois de uma longa disputa com a Epic Games, criadora do jogo Fortnite, e acabou obrigando a Apple a mudar as regras da App Store nos EUA.

Agora, os desenvolvedores já podem direcionar os usuários para opções de pagamento externas, com menos obstáculos e, o principal: sem a taxa de comissão. Grandes apps como Spotify, Kindle e Patreon já estão aproveitando a novidade, e até pequenas startups entraram na onda.

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Apesar disso, a Apple ainda está recorrendo da decisão e diz que essas mudanças vão causar “danos graves e irreparáveis” para o negócio dela — um argumento que, sinceramente, não deverá agradar muito aos desenvolvedores, que há tempos pedem taxas menores e mais liberdade para negociar com seus próprios clientes.

O que está em jogo?

A receita da App Store nos EUA continua sendo essencial para os lucros da Apple: foram US$6,28 bilhões vindos de aplicativos e outros US$3,83 bilhões só com jogos em 2024.

Mas, com todas essas disputas judiciais e mudanças nas regras, o cenário pode estar prestes a mudar não só para a empresa de Tim Cook, mas para todo o ecossistema de aplicativos, desenvolvedores e consumidores.

Com tanta coisa acontecendo, a Maçã se vê defendendo um sistema extremamente lucrativo, mas cada vez mais questionado por órgãos reguladores, concorrentes e, principalmente, pelos próprios desenvolvedores que ajudaram a tornar a App Store tão relevante.

No fim das contas, todo esse debate levanta questões importantes sobre concorrência, controle das plataformas e o futuro do comércio digital que, afinal, mexem com a vida de quem desenvolve, vende e consome tecnologia no mundo inteiro. A ver os próximos capítulos dessa saga…

via TechCrunch

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