O melhor pedaço da Maçã.

CEO da Nothing prevê fim dos apps e critica falta de inovação da Apple

Shintaro Yoshimatsu/WIRED
Carl Pei, CEO da Noting

Em uma entrevista à WIRED, o CEO 1Chief executive officer, ou diretor executivo. da startup britânica Nothing, Carl Pei, disse que a Apple já não é mais a referência criativa que foi um dia. O executivo afirmou que a gigante se tornou “grande demais, corporativa demais” e deixou de inspirar as novas gerações.

Publicidade

“Quando eu era mais jovem, a Apple me inspirava muito. O primeiro iPod, o primeiro iPhone… foi isso que me trouxe para o setor de tecnologia. Mas hoje, a Apple já não tem a mesma criatividade”, disse o executivo.

Pei ainda aproveitou o embalo para criticar a inteligência artificial da Maçã, que, como sabemos, prometeu tudo e entregou metade. Isso porque os recursos da Siri, apresentados na WWDC24, foram adiados para o ano que vem.

No ano passado, anunciaram a Apple Intelligence com toda uma narrativa ambiciosa. Um ano depois, o que temos são alguns emojis gerados por IA.

Segundo ele, a empresa que antes era sinônimo de inovação agora aposta em promessas vazias. E enquanto a Apple mira o público de massa, a Nothing quer fazer diferente: foco em um público menor, mas mais engajado, e aposta em experiências mais ousadas.

Publicidade

Essa visão se conecta com a proposta mais radical de Pei: ele acredita que, em até dez anos, os smartphones vão funcionar com apenas um único aplicativo (o próprio sistema operacional).

Eu acredito que, no futuro, o celular inteiro vai ter apenas um único aplicativo — e esse aplicativo será o próprio sistema operacional. Ele vai conhecer bem o usuário e será totalmente otimizado para aquela pessoa.

Pei explica que, com o avanço da inteligência artificial, o celular será capaz de entender contexto (como horário, localização e rotina) e sugerir ou executar tarefas sem que o usuário precise fazer nada.

Hoje, você precisa passar por um processo passo a passo: pensar no que quer fazer, desbloquear o celular e ir atrás disso manualmente. No futuro, o próprio celular vai sugerir o que você quer fazer e vai fazer isso automaticamente por você. Ele será inteligente, automatizado e proativo.

Apesar de a ideia parecer ousada demais para o momento atual, o CEO reconhece que a transição deverá ser lenta:

Publicidade

O grande benefício para o usuário é simples: ele vai passar menos tempo fazendo coisas chatas e mais tempo com o que realmente importa. Mas, para chegar a esse ponto, é preciso ir com calma. Se hoje a gente dissesse “acabamos com os apps no celular”, ninguém compraria.

Então, o caminho é lançar aos poucos, observar os dados, ouvir o feedback, ajustar e lançar de novo. Ir sugerindo mudanças de forma gradual. Até dá para fazer isso mais rápido, mas é importante levar o usuário junto nessa jornada.

As declarações surgem em um momento estratégico, pois o lançamento do Nothing Phone 3 está previsto para julho.

Embora a Nothing ainda tenha uma participação modesta no mercado global — menos de 0,1%, segundo o próprio Pei —, a empresa cresceu 150% no último ano e tenta se firmar como uma alternativa criativa no mundo dos smartphones.

A ideia de um celular com só um aplicativo pode parecer meio absurda à primeira vista, mas traz questões à tona, tais como sobre privacidade, mercado e até o futuro de quem desenvolve apps.

Publicidade

Mesmo assim, Pei acredita que o setor precisa de ideias novas, e, para ele, a dona dos iPhones já deixou de ser a empresa que traz esse tipo de inovação faz tempo. É por isso que a Nothing quer ocupar esse espaço.

via 9to5Mac

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

WhatsApp agora permite copiar trechos específicos de uma mensagem

Próx. Post

Apple atualiza app Convites com opção de links personalizados

Posts relacionados