Em uma nova entrevista publicada pela Variety, o CEO 1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Apple, Tim Cook, revelou o motivo pelo qual a empresa está no ramo de cinema e TV, investindo centenas de milhões em potenciais sucessos de bilheteria como “F1 — O Filme”, e por que isso vai além da venda de iPhones.
Sendo “F1” o maior lançamento deste ano do Apple TV+, Cook vê isso como uma forma de testar como a empresa pode influenciar a cultura por meio de um filme, em vez de seus produtos de hardware: “Dar vida a algo assim seria autêntico para o esporte”, acrescentou o executivo, que participou da entrevista ao lado do piloto heptacampeão mundial e produtor/consultor de “F1”, Lewis Hamilton.
Tim Cook revela a visão da Apple para filmes e TV: por que gastar milhões em sucessos de bilheteria como “F1” é mais do que vender iPhones @tim_cook.
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Ao mesmo tempo, Cook queria trazer elementos “característicos da Apple” para o filme, como a tecnologia de câmera para capturar “a força bruta das corridas de automóveis”. O executivo enfatizou que essa mesma tecnologia (a gravação de até 120qps) está presente nas câmeras dos iPhones 16 Pro/16 Pro Max.
Discutindo a criação do Apple TV+, Cook afirmou que as produções originais da companhia são importantes porque a empresa está na “intersecção entre tecnologia e artes liberais”. Em síntese, ele quer que a plataforma seja o lugar onde “grandes contadores de histórias contariam suas melhores histórias”.
Há quem especulou que a Apple vê o serviço de streaming como parte de um esquema de marketing maior, de modo que programas de TV de sucesso se traduzirão em mais vendas de iPhone ao longo do tempo — mas Cook rebateu essa concepção.
“Não penso que vou vender mais iPhones por causa disso. Não penso nisso de forma alguma. Penso nisso como um negócio. E assim como aproveitamos o melhor da Apple nos iPhones e em nossos serviços, tentamos aproveitar o melhor do Apple TV+.”
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Ademais, embora Cook admita que comprar um catálogo de conteúdo seria uma maneira rápida de começar, ele acrescenta que a Apple deveria, em vez disso, “concentrar sua paixão nos programas”.
Nesse sentido, o executivo acredita que o papel da Apple é o de um “fabricante de ferramentas”, usando um termo que o cofundador da empresa, Steve Jobs, usou para descrevê-la na década de 1980. “Criamos ferramentas para pessoas criativas, para capacitá-las a fazer coisas que não conseguiam fazer antes”, completou Cook.
“Somos uma fabricante de ferramentas. Criamos ferramentas para pessoas criativas, para capacitá-las a fazer coisas que não conseguiam fazer antes. Então, já fazíamos muitos negócios com Hollywood bem antes de entrarmos no ramo da TV.”
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Depois de estudar Hollywood por anos, antes de decidir seguir em frente com o Apple TV+, Cook declarou que a Apple “quer tanto contar ótimas histórias quanto torná-las um ótimo negócio”.
A entrevista completa, que inclui detalhes sobre a primeira visita de Hamilton ao Apple Park (sede da empresa na Califórnia), pode ser conferida nessa página.
O Apple TV+ está disponível no app Apple TV em mais de 100 países e regiões, seja em iPhones, iPads, Apple TVs, Macs, dispositivos Android, smart TVs ou online — além também estar em aparelhos como Roku, Amazon Fire TV, Chromecast com Google TV, consoles PlayStation e Xbox. O serviço custa R$21,90 por mês, com um período de teste gratuito de sete dias. Por tempo limitado, quem comprar e ativar um novo iPhone, iPad, Apple TV ou Mac ganha três meses de Apple TV+. Ele também faz parte do pacote de assinaturas da empresa, o Apple One.
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Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.
