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iPadOS 26: o update “até que enfim”

Divulgação/Apple

Promessa é dívida! Como prometido no podcast da semana retrasada, eis aqui as minhas impressões sobre o iPadOS 26.

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Neste texto, não listarei as novas características pois já há bastante material sobre isso aqui no MacMagazine. Meu objetivo é analisar algumas das propostas sob a ótica do uso profissional do iPad, especialmente considerando o longo caminho que a Apple percorreu e o que ainda falta percorrer.

Tenho compartilhado aqui, em diversos posts, minhas venturas e desventuras com o iPad na tentativa de usá-lo como dispositivo principal, inclusive no último texto em que comentei como o vinha deixando de lado ultimamente.

A cada nova versão do iPadOS, somos convidados a revisitar uma pergunta recorrente: será que o iPad está finalmente pronto para assumir o posto de ferramenta principal de produtividade? Aqui eu compartilhei o meu entusiasmo com o iPadOS 16 e a frustração com o iPadOS 17. Quanto ao iPadOS 18, eu resolvi nem comentar.

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Com o lançamento do iPadOS 19 26, durante a WWDC25, a Apple volta ao caminho certo com o tablet e entrega o update mais relevante dos últimos anos! Sejamos sinceros: nada do que foi demonstrado é, em si, uma grande novidade. Mas a implementação dessas melhorias reflete um novo compromisso da empresa com uma base de usuários exigente e que, nos últimos anos, vinha se afastando. São o tipo de mudanças que nos tiram constantemente a expressão “até que enfim”!

Desta vez, a Apple deu um passo firme na direção de oferecer, no iPad, um sistema que não apenas refina a experiência anterior, mas introduz melhorias estruturais reais para quem usa o iPad de forma séria no trabalho e nos estudos.

Em vez de prometer uma revolução, a Apple entrega um conjunto coeso de avanços. O foco parece ter mudado: menos espetáculo, mais consistência. Neste artigo, compartilho minha análise sobre o que muda, por que importa e como essas novidades tocam no cerne do que chamamos de produtividade real.

Novidades da WWDC25

Antes das mudanças específicas, um breve overview das transformações gerais que você já viu por aí, mas que merecem destaque. Ao começar pela Apple Intelligence, confesso que a Maçã conseguiu melhorar um pouquinho a reputação que eu tinha do sistema. Calma! Não estou dizendo que ela é grande coisa, mas há detalhes que já haviam sido esquecidos no fluxo do uso diário e que representam avanços discretos, mas importantes. Gostei da “prestação de contas” feita.

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O tão esperado (e temido) novo design Liquid Glass soou, ao menos para mim, muito bonito, leve e minimalista. A transparência dos apps, lembrando vidro, trouxe um ar de modernidade e fluidez. Os recursos do FaceTime e do Mensagens (Messages) ganharam funções práticas, com um toque claro Apple-like.

A Tradução Ao Vivo (Live Translation) talvez seja um dos recursos mais marcantes para o uso em comunicação.

E, mesmo fora do escopo central deste texto, vale mencionar: o novo Spotlight do macOS Tahoe 26, que o aproxima muito do Raycast. Isso, para quem vive entre apps e documentos, é uma excelente notícia!

Divulgação/Apple

Multitarefa refinada: mais natural, mais útil

O novo sistema de janelas representa um amadurecimento significativo na forma como lidamos com a multitarefa no iPad. Agora, com windowing real, os apps podem ser redimensionados e posicionados livremente, com direito a botões de controle como no Mac (fechar, minimizar, maximizar). É a primeira vez que o iPad se aproxima tanto de uma experiência de desktop — mas sem abrir mão da leveza de um tablet.

Divulgação/Apple

O Organizador Visual (Stage Manager) sobrevive, porém não é mais o centro da experiência: ele passa a ser uma das opções de multitarefa, ao lado dos modos de tela cheia e de janelas livres. Essa tríade torna o uso mais flexível e respeita diferentes perfis de uso. Um detalhe pequeno, mas impactante: a nova barra de menus. Com ela, editar textos ou acessar comandos ganha agilidade. O Exposé, incorporado ao novo sistema, foi um plus que facilita muito a alternância entre apps.

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A sensação é de que o iPad finalmente entendeu o seu papel: não competir com o macOS, mas entregar mobilidade com estrutura.

Arquivos: um salto significativo

Uma de minhas maiores frustrações no iPadOS 17 e 18 foi o completo abandono do app Arquivos (Files). No 26, isso muda: temos agora colunas redimensionáveis, metadados mais acessíveis, pastas fixadas no Dock, escolha de apps padrão por tipo de arquivo e uma navegação que realmente lembra a do Finder. As pastas coloridas e com emoji trouxeram um toque mais divertido e leve para aqueles que utilizam esse tipo de recurso.

A chegada do app Pré-Visualização (Preview) incorporado ao sistema operacional do tablet também foi um detalhe com grande impacto. Até então, ou você abre o arquivo no próprio app ou recorre a um app de terceiros, como PDFelement. Mas esse problema foi agora superado por um Pré-Visualização semelhante ao do Mac, mas adaptado e estilizado para a realidade do iPad. Acho que o PDFelement perderá alguns clientes…

Em tempo: um ajuste que estou ansioso para ver há anos é a maneira de colocar tags em documentos. Diferentemente do Mac, essa tarefa é um verdadeiro pesadelo ao se deparar com uma lista de tags que não permite fazer busca. Para quem utiliza muitas tags e com frequência, é bastante frustrante precisar recorrer ao Mac para completar essa atividade.

Ganhos para profissionais e criadores

O iPadOS 26 finalmente permite escolher fontes de entrada e saída de áudio, gravar localmente e manter apps funcionando em segundo plano. Esses avanços são relevantes para quem trabalha com podcasts, gravação de aulas, lives e conteúdo audiovisual. Pequenas mudanças que, somadas, transformam a experiência.

No app Notas (Notes), a transcrição de áudios em tempo real e os resumos automáticos são recursos que agregam valor imediato para estudantes e profissionais. No Pages, o assistente de escrita é bem-vindo e, melhor ainda, funciona offline.

O papel do iPad: reencontrado

Não é segredo que muitos nomes importantes da comunidade pró-usuário de iPad abandonaram o barco nos últimos anos. O ciclo de promessas frustradas destruiu a confiança de quem tentou transformar o iPad em seu dispositivo principal. O iPadOS 26 não é um pedido de desculpas, mas soa como um convite: “Ei, talvez agora faça sentido tentar de novo.”

A Apple parece ter entendido que o iPad não precisa ser um Mac e nem concorrer com ele — ficou muito óbvio na apresentação que o que eles querem mesmo é que você compre os dois! —, mas precisa ser competente dentro daquilo que propõe: ser versátil, móvel, robusto. E com o iPadOS 26, isso volta a fazer sentido.

Conclusão

O iPadOS 26 não tenta reinventar o dispositivo — e talvez esteja aí o seu maior mérito. Em vez de criar novos paradigmas, ele escolhe refinar, aprofundar e entregar o que muitos esperam há anos.

Verdade seja dita: muitas das limitações do iPad seguem sendo fruto da ineficiência de alguns desenvolvedores (como a versão limitada do Microsoft 365, antigo Office). Mas as melhorias dessa versão representam um salto concreto na usabilidade. Quando a versão beta for liberada ao público, em julho, instalarei e depois trarei aqui minhas impressões práticas.

Ele já substitui o computador? Para alguns perfis, sim. Para outros, é o melhor complemento possível. O fato é que o iPadOS 26 representa o sistema mais pronto até aqui para fazer essa escolha ser consciente e produtiva.


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