Uma ação coletiva envolvendo o iCloud, que muitos achavam ter chegado ao fim, foi revivida pela Justiça dos Estados Unidos, colocando o serviço da Apple novamente sob suspeita de monopólio.
O caso em questão, intitulado Felix Gamboa v. Apple Inc, tem sido tratado pelo Tribunal Distrital da Califórnia e acusa a empresa de restringir o armazenamento de certos arquivos do iPhone e do iPad ao iCloud. O litígio teve início em 2024.
Há alguns meses, a juíza responsável pelo caso, Eumi Lee, divulgou uma decisão favorável à Apple, argumentando que a acusação, liderada por Julianna Felix Gamboa, não foi capaz de comprovar que a empresa violou a lei antitruste federal ou estadual.
Entretanto, como comentamos aqui, a magistrada permitiu que eles alterassem o texto da sua acusação de modo a deixar mais claro como a Apple estaria coagindo donos de iPhones e iPads a pagarem pelo seu serviço de armazenamento na nuvem — e parece que eles tiveram sucesso,
Segundo informações da Reuters, a acusação disse desta vez que, embora permita que usuários usem serviços de terceiros para salvar arquivos como fotos e vídeos, a Maçã obriga os seus consumidores a usarem o iCloud para fazer backups dos seus iPhones, os quais são necessários para restaurá-los.
A Apple, que citou as suas políticas de privacidade para defender a maneira como o iCloud opera, até chegou a pedir para que Lee rejeitasse as alegações sob o argumento de que a acusação teria a processado depois do prazo de quatro anos estabelecido pela lei antitruste dos EUA para a abertura de queixas. No entanto, a juíza afirmou ser prematuro rejeitar as alegações por prescrição, uma vez que Gamboa abriu o processo menos de quatro anos após a realização da sua assinatura do iCloud — embora tenha dito que ainda poderá reavaliar essa questão ao longo do litígio.
A Apple, é claro, não comentou esse novo desdobramento. A empresa tem até 7 de julho para enviar uma resposta.
via AppleInsider