Ontem, menos de dois meses após o chefão da Apple, Tim Cook, afirmar que a maioria dos dispositivos da Maçã seriam importados do Vietnã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo acordo comercial com o país que poderá afetar diretamente os preços de AirPods, Apple Watches, iPads, MacBooks Pro e até Macs mini.
Com ele, uma tarifa de 20% é aplicada sobre os produtos importados do país, o que tem o potencial de aumentar significativamente os gastos da Apple, que terá de arcar com os custos — por mais que o presidente tenha afirmado falsamente que “o Vietnã pagaria”.
Além dela, o acordo inclui uma tarifa alternativa de transbordo de 40% para produtos fabricados fora do Vietnã. Ela, provavelmente, não afetará a Maçã, que fabrica seus produtos no país, mesmo que com componentes de origem internacional.
Mesmo assim, a nova tarifa aplicada à Maçã é consideravelmente maior do que as antigas taxas do Vietnã, que eram inferiores a 4%. Caso o cenário se concretize, é provável que o impacto financeiro seja diluído com preços de dispositivos cada vez mais altos, prejudicando os consumidores não apenas nos EUA, mas em todo o mundo.
Após ameaçar aumentar a tarifa geral sobre o Vietnã para 46%, antes do Dia da Libertação (Liberation Day), Trump anunciou em suas redes que as tarifas estariam sendo “reduzidas” para 20%, o que ainda representa um aumento em comparação com os 4% anteriores. Algumas empresas de tecnologia e dispositivos eletrônicos foram isentos das taxas, mas não foi especificado quando, se ou quais produtos da Apple se qualificarão para tal.
O novo acordo do presidente com o Vietnã ocorre logo após a assinatura de um outro com a China, igualmente prejudicial para a Maçã e para outras Big Techs. O republicano afirmou que acordos semelhantes poderão ser anunciados nos próximos dias, reforçando o cenário instável do mercado tecnológico nos EUA.
via AppleInsider