Já não é de hoje que governos de várias partes do mundo estudam formas de combater o poder desenfreado das gigantes tecnológicas (Apple, Google, Facebook, Amazon e, em alguns casos, Microsoft). Agora, duas das maiores potências do planeta — os Estados Unidos e a União Europeia — deverão juntar suas forças para amplificar essa luta.
De acordo com a Reuters, os EUA e a UE anunciarão uma iniciativa conjunta para limitar o crescente poder de mercado das chamadas Big Techs. A novidade será uma das medidas conjuntas que serão anunciadas pelas duas potências no fim do mês, na primeira reunião do Conselho de Comércio e Tecnologia UE-EUA, a ser realizada em Pittsburgh (EUA).
Ainda não há detalhes de como será essa iniciativa, mas ela certamente tomará forma como uma regulamentação conjunta a ser aplicada nos Estados Unidos e no bloco econômico europeu. A reunião servirá como ponto de partida da construção dessas novas normas, e os representantes das duas potências “trocarão informações sobre suas respectivas abordagens na regulação das plataformas tecnológicas, buscando a convergência onde for possível”.
Outro ponto do memorando obtido pela Reuters afirma o seguinte:
Nós identificamos questões comuns de preocupação acerca do poder de gatekeeper das grandes plataformas e a responsabilidade dos intermediários da internet. Isso inclui, em particular, a responsabilidade dessas plataformas de salvaguardar processos democráticos do impacto das suas atividades. Áreas de interesse comum incluem a moderação de conteúdo e a livre concorrência.
Ainda segundo o documento, o grupo terá como principais objetivos analisar o combate a discursos de ódio, acesso de dados a pesquisadores, a disseminação de fake news e a amplificação algorítmica desse tipo de conteúdo.
Outros grupos envolvidos na reunião discutirão também temas relacionados a clima, tecnologia limpa, fornecimento de commodities e até mesmo a crise dos chips que tem afetado diversos segmentos industriais.
As gigantes tecnológicas ainda não se pronunciaram sobre a reunião, mas certamente acompanharão tudo de perto — uma aliança com essa magnitude, afinal de contas, poderá ser muito difícil de ser contra-atacada com investidas de grupos lobistas.
via AppleInsider