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Review: iPhone 15 Pro Max (vindo do 14 Pro)

Até alguns anos atrás, quando os novos iPhones demoravam cerca de dois meses para chegar ao Brasil, eu costumava usar esse tempo para testá-los a fundo e me programava para publicar o meu review completo mais ou menos próximo ao lançamento em território nacional.

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Neste ano, conforme vocês acompanharam aqui no MacMagazine, a linha iPhone 15 chegou mais rápido do que nunca ao Brasil — então “relaxei” e me permiti usar o aparelho a fundo antes de transpor minhas impressões sobre ele em palavras para vocês.

Portanto, bem mais tarde do que eu pretendia originalmente, aqui estou. Este é o meu review do iPhone 15 Pro Max, de alguém que veio do iPhone 14 Pro.

Por que o Max?

Este não é o meu primeiro iPhone no maior tamanho da linha. O primeiríssimo foi o 7 Plus, depois voltei ao tamanho “normal” com o X e passei novamente para o Max com o XS Max, o 11 Pro Max e o 12 Pro Max (mas também usei o 12 Pro por um tempo).

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Desde o iPhone 13 Propassando também pelo 14 Pro —, portanto, eu havia voltado ao tamanho menor e estava feliz da vida. Continuo, sim, achando o tamanho deles o ideal para mim e para a maioria das pessoas; já temos uma tela considerada “grande” (ainda mais se a compararmos com as de poucos anos atrás), mas num formato ainda confortável para uso com apenas uma mão.

Neste ano, decidi voltar ao modelo Max por dois motivos: 1) minha experiência com a bateria do 14 Pro não foi das melhores, com os últimos meses dele me obrigando a dar uma recarga todo dia ao fim da tarde para conseguir usá-lo de noite, e 2) a Apple voltou, este ano, a colocar um diferencial significativo no modelo Pro Max em relação ao Pro — a nova lente teleobjetiva (com tetraprisma) com 5x de zoom óptico.

Mas, além desses dois motivos, houve mais uma alteração nos iPhones 15 Pro e 15 Pro Max que me deixou mais “confortável” com a ideia de voltar ao modelo maior: a troca do acabamento em aço inoxidável pelo de titânio.

Titanium

Titânio não é um material totalmente novo para a Apple. Não tem tanto tempo assim que já o vimos sendo usado em Apple Watches (a exemplo da linha Ultra), passando até mesmo pelo Apple Card, mas a companhia chegou a explorá-lo extensivamente até mesmo nos precursores dos atuais MacBooks Pro, com o PowerBook G4 Titanium.

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O titânio é um metal mais nobre e mais caro do que o aço inoxidável, além de ser também mais difícil de ser manipulado e até pintado. Ao mesmo tempo, é mais leve que o aço e ainda mais resistente — não é à toa que a Apple o escolheu como sucessor e que logo o veremos também em smartphones da concorrência.

Visualmente, confesso a vocês que não tenho um material preferido entre os dois — mas, neste momento, depois de anos com iPhones de aço inoxidável, achei muito bem-vinda a chegada do titânio com o seu aspecto fosco em vez de brilhante. Era mesmo hora de mudar.

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A cor que escolhi para o meu iPhone 15 Pro Max foi a chamada titânio natural, talvez a mais diferente de todas este ano e, como o nome já indica, a que mais promove o aspecto original do material. Achei ela muito linda e, de quebra, é também uma das que menos deixa visíveis as marcas de dedo sobre as laterais do aparelho (que existem nas outras cores, mas nada que um pano macio sem fiapos não resolva — não precisa se preocupar com possíveis marcas permanentes).

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Pela primeira vez desde o iPhone 5s — com exceção do iPhone X, que também não teve —, vale notar, a linha flagship não conta com um modelo dourado. A especulação é que um acabamento nessa cor não ficaria legal sobre o titânio — e faz sentido. Para quem curte gold, porém, eu recomendo o titânio natural mesmo; a depender do ângulo de incidência da luz, há uma ligeira tonalidade que pode puxar para o que era o dourado.

Mas, acima disso tudo, foi a redução no peso que, para mim, é o grande benefício dessa troca. Conforme já trouxemos aqui para o site, devido a questões de Física, a sensação de usar esses novos iPhones é de uma redução ainda maior do que ela é em números, e eu comprovo isso com a minha experiência prática.

Meu “antigo” iPhone 14 Pro está sendo usado agora pela esposa, e é bizarro eu pegar nele e ter uma sensação de ser mais pesado do que o 15 Pro Max — spoiler, não é: o 14 Pro pesa 206g, contra 221g do 15 Pro Max. Mas acreditem em mim quando eu digo que a sensação é essa.

Cantos arredondados

Pois é, meus amigos, eles estão de volta. Mas, ao mesmo tempo, não estão “de volta” porque o formato das laterais desses novos iPhones é inédito.

Já tivemos iPhones com laterais quadradas, a exemplo do 4 até o 5s; depois passamos para modelos bem curvos, do 6 até o 11; e, desde a linha 12, tínhamos voltado a um formato mais retangular nas laterais dos aparelhos.

Desta vez, a Apple conseguiu mesclar o melhor dos dois mundos. Ela implementou uma curva muito suave entre a tela e as laterais, e depois uma curva um pouco mais acentuada na parte traseira.

Pelas imagens oficiais dos aparelhos, eu achei que essas curvinhas não fariam tanta diferença em relação ao que estávamos acostumados desde os iPhones 12. Mas, meus amigos, como fazem! Esse é, de longe, o iPhone mais confortável que eu já tive em minhas mãos — e sim, supera a experiência dos modelos realmente curvos de alguns anos atrás.

Muitos de vocês vão se identificar comigo quando eu digo que meu dedinho mindinho ficava marcado por eu usá-lo para apoiar a parte inferior do iPhone, e isso era algo bastante incômodo. Nesse novo design, combinado à redução de peso, isso deixou de ser um problema. É tão bom que eu espero que a Apple nunca volte atrás desse formato, porque é bem fácil voltar para algo pior.

Obviamente, estou falando isso tudo como alguém que usa o iPhone “nu”, sem capinha nenhuma (graças, é claro, ao AppleCare+). Para os que curtem cases, aí basta escolher uma que tenha um formato e material confortável para você e sair pro abraço.

Bateria

“Ok, Rafael, você disse que sua experiência com a bateria do 14 Pro não estava boa. E que tal agora?”

Boa pergunta, meu caro Padawan. E respondo na lata que a experiência está excelente, embora eu talvez tenha tido sorte de fazer parte do grupo das pessoas que, desde que pegou esse novo aparelho, nem sequer sofreu com os polêmicos e recorrentes problemas de superaquecimento — já resolvidos com a liberação do iOS 17.0.3, ao menos para a maioria das pessoas.

Em todos estes meses utilizando o iPhone 15 Pro Max, acho que só houve um único dia que fiz um uso tão intenso dele (num fim de semana, que mal sentei no Mac) que decidi dar uma carguinha de 10-15 minutos no fim do dia para conseguir assistir a alguns vídeos antes de dormir — e olha que nem sei se era realmente necessário.

No meu dia a dia, fazendo uso moderado para intenso do aparelho, ouvindo música via streaming por cerca de uma hora na academia, navegando pelo Instagram e outras redes sociais, respondendo emails, trocando muitas mensagens e assistindo a vídeos pelo YouTube, chego facilmente ao fim do dia com mais de 30% de bateria restante.

Neste exato momento em que escrevo estas palavras, hoje é um sábado e são agora 18h — momento que, se eu ainda estivesse com o 14 Pro, seria certamente hora de uma recarga. Minha bateria do 15 Pro Max, como está? Em 65%. Ok, já houve dias de uso mais intenso do que hoje, mas não é totalmente incomum isso acontecer.

Se eu posso citar uma “decepção” em termos de bateria é que a Apple ainda manteve, este ano, as mesmas potências de recarga tanto com quanto sem fio — ou seja, o máximo que você conseguirá com esse iPhone, via cabo, é algo em torno de 27-30W.

Para recargas sem fio, a novidade é o suporte ao padrão Qi2 — que, não só é baseado no MagSafe, como traz os dois principais diferenciais dele, que são o alinhamento por ímãs e a potência máxima de recarga a 15W (outra que, na minha opinião, poderia ter aumentado um pouco este ano).

Por falar em recarga por cabo…

USB-C (adeus, Lightning!)

Tenho certeza de que muitos de vocês estranharam eu até agora — depois de bem mais de 1.000 palavras escritas — não ter sequer citado essa mudança, mas eu terei que ser muito sincero com vocês: isso pouco fez diferença para mim. O que não quer dizer que eu não tenha gostado da mudança ou que ela não traga benefícios significativos.

Se é para falar da minha experiência prática, nestes meses de iPhone 15 Pro Max eu devo ter conectado-o por cabo USB-C umas 2-3x, no máximo. Lembro-me de fazer um teste de performance para transferir uns arquivos de vídeo para o Mac (coisa linda de se ver), bem como fui obrigado a fazer uma restauração de sistema pelo Finder depois que tive um problema sério ao atualizar para o iOS 17.1.2 — a touchscreen do iPhone parou de funcionar, após o update.

Fora isso, todos os dias eu recarrego meu iPhone à noite numa base de recarga sem fio 3-em-1 (MagSafe) que tenho na mesa de cabeceira ao lado da cama, e só.

Não sou daquelas pessoas que vira e mexe fica conectando o iPhone por cabo para recarregar e agora estão felizes da vida por poderem usar o mesmo cabo USB-C que já usam para recarregar trocentas outras coisas. Assim como, felizmente, também não sou daquelas pessoas que tinham determinados acessórios/periféricos Lightning e agora estão tendo que usar algum tipo de adaptador.

Ainda assim, é muito reconfortante saber que, em caso de necessidade, basta um cabo USB-C convencional para conseguir recarregar o meu iPhone. Essa é uma mudança que a Apple já deveria ter feito há muitos anos, e fico feliz que tenha finalmente chegado.

A transferência rápida de arquivos via USB3 (apenas nos modelos Pro — e sim, você precisa de um cabo apropriado para isso que eu, felizmente, já tinha por aqui) também é outro benefício incrível para quem precisa, e a diferença neste caso é mesmo estupenda, passando de parcos 480Mbps do Lightning (USB 2.0) para até 10Gbps agora. Não é toda hora que vemos algo ficando 20x mais rápido da noite pro dia.

Outra vantagem muito legal que a Apple implementou, com a chegada do USB-C, é a possibilidade de conectarmos SSDs1Solid-state drives, ou unidades de estado sólido. externos ao iPhone e gravarmos vídeos em ProRes (a até 4K com 60 quadros por segundo) diretamente no drive. Isso é, sem dúvida nenhuma, game changing e faz jus ao sufixo Pro no nome desses aparelhos.

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Câmeras

Pegando o gancho do último parágrafo, acima, os iPhones 15 Pro e 15 Pro Max são, é claro, os smartphones mais capazes que já existiram para gravar vídeos de uma maneira profissional — e a Apple demonstrou isso da melhor forma possível, filmando toda a sua última keynote com o aparelho e só revelando isso no segundo final.

Além da gravação com o codec ProRes, os novos iPhones incorporam agora o formato Apple Log. Grosso modo falando, é mais ou menos como fotografar em RAW, permitindo que você manipule o seu vídeo com muito mais amplitude do que numa captura convencional, para ajuste de exposição, balanço de branco e graduação de cores. É assim que todas as filmagens profissionais são feitas (ora, o Apple Log funciona de acordo até mesmo com o Academy Color Encoding System usado em Hollywood), e eu ainda pretendo fazer um vídeo detalhado sobre o assunto.

Mas, falando das câmeras como um todo, em termos de especificações nuas e cruas elas não mudaram nada em relação às da geração anterior. Temos um sensor grande-angular principal de 48 megapixels (com abertura ƒ/1.78), um ultra-angular de 12MP (ƒ/2.2) e uma teleobjetiva de 12MP (ƒ/2.8), além da câmera frontal de 12MP (ƒ/1.9).

A Apple promete sensores maiores e melhorados para essas câmeras, mas houve este ano um grande foco na melhoria das fotos em termos computacionais — especialmente com a versão 5 do HDR2High dynamic range, ou ampla faixa dinâmica. Inteligente, modo Retrato automático (basta você fotografar no modo normal e, se o iPhone detectar uma pessoa, pet ou objeto na foto, você pode ligar o modo retrato depois se quiser — fantástico!), controle posterior de foco do modo Retrato (sim, você pode editar uma foto em modo retrato e tocar em outra área para alterar o foco) e todas as melhorias no processamento feito pelo chip A17 Pro.

Tirando algumas situações específicas em que o HDR Inteligente 5 mostra a que veio, no geral os aprimoramentos aqui não são drásticos se compararmos com o que a linha 14 Pro conseguia capturar. Mas, como sempre falamos, se você está vindo de um aparelho de duas, três gerações atrás ou mais, sentirá uma melhora substancial. Esses “pequenos” avanços que são dados ano a ano acabam se somando em algo bem maior com o passar do tempo.

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Uma coisa que eu mudei aqui na prática, passando do 14 Pro para o 15 Pro Max, foi ter desligado o Estilo Fotográfico “Vívido” que eu usava antes e optando agora pela configuração padrão da câmera. As fotos e os vídeos capturados por esse aparelho estão tão bons que os ajustes posteriores que eu faço são normalmente bem sutis, então não senti mais necessidade disso.

Com relação à teleobjetiva do 15 Pro Max, que agora tem um zoom óptico de 5x em vez dos 3x com que eu estava acostumado, eu adorei a mudança. Essa é talvez a melhor lente telefoto que a Apple já desenvolveu para um iPhone, gerando até mesmo desfoques de fundo (bokeh) naturais inacreditáveis para um smartphone e ainda conseguindo manter uma bela estabilidade mesmo com tamanha distância focal — equivalente, aqui, a 120mm.

Se há um ponto negativo a citar sobre isso, é que agora o salto da câmera grande-angular para a teleobjetiva é bem maior. Até temos a opção de 2x nativo na grande-angular (além de agora também 1,2x e 1,5x), o que nos dá uma distância focal de 48mm e reduz um pouco essa diferença, mas ainda assim é importante ter em mente que qualquer zoom de 2,1x até 4,9x será digital.

Em 5x/120mm, acho que estamos no limite de uma teleobjetiva que tem seu propósito e não é muito difícil de se usar no dia a dia. Há quem sonhe com um zoom óptico de 10x no iPhone — e concordo que algo assim seria bem-vindo em certas situações —, mas aí seria necessária uma quarta lente ou, quem sabe, um sensor bem maior que permitisse o mesmo jogo de crop do sensor que a Apple já está fazendo na grande-angular, só que na teleobjetiva. Acho que funcionaria bem.

Uma mudança curiosa que a Apple fez este ano, com a grande-angular (mesmo indo a 1,5x), é que as fotos por padrão agora saem com 24MP, em vez de 12MP. Além disso, se você quiser, dá para tirar fotos em formato HEIC com 48MP — e não mais só em ProRAW.

Botão de Ação

Enquanto falamos aqui muito de melhorias incrementais ano a ano, houve uma coisa que mudou nos iPhones 15 Pro e 15 Pro Max pela primeira vez desde o iPhone original: o seu alternador de modo silencioso, na lateral esquerda, agora se transformou no chamado botão de Ação.

Em vez de uma chavinha física com aquele indicador laranja de modo silencioso, agora temos um botãozinho (que é físico, mesmo, e não sólido/háptico como apontavam alguns rumores antes do lançamento) programável que originalmente, para ninguém ficar desesperado, ainda faz a mesma coisa do alternador antigo.

Por aqui, experimentei algumas das opções que a Apple oferece para o botão de Ação e “estacionei” na de Câmera, mesmo. Com isso, basta eu pressionar o botão para abrir o app Câmera, e depois usar o mesmo botão como obturador para disparar fotos.

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Tem funcionado bem, mas eu confesso que esperava mais dele. Cheguei a usar, por um bom tempo, um atalho que me abria um menu com várias opções — mas era sempre um passo extra que não achei prático, no final das contas. Não é que eu preferisse o alternador antigo, até porque sou daqueles que deixa o iPhone sempre em modo silencioso, mas não acho que esse novo botão fez alguma diferença significativa no meu uso cotidiano do aparelho.

Eu ter acabado configurando-o para o app Câmera é ainda mais confuso pelo fato de a Apple até hoje não permitir que personalizemos os dois botões inferiores da tela bloqueada — ou seja, a Câmera continua também ali na direita, sem falar que eu ainda posso deslizar da tela bloqueada para a esquerda e acesso-a da mesma forma. Eu sei bem que o iPhone hoje é uma câmera que também é um smartphone (e não o contrário), mas tá um pouco demais isso.

Pessoalmente, acho que a mudança do notch para a Dynamic Island, no ano passado, foi algo muito mais significativo e bem-vindo no meu dia a dia do que esse botão de Ação — especialmente depois que, aos poucos, vários apps foram sendo atualizados para fazer um uso interessante dessa nova área superior dinâmica. Curto muito.

A17 Bionic Pro

Para quem gosta de coisas realmente inéditas em novos iPhones, taí: pela primeira vez desde o chip A11, o sufixo do A17 é Pro — e não mais Bionic.

O marketing da Apple não falha, nessas horas. Na prática, o que temos aqui é exatamente o que seria o chip “A17 Bionic”, mas com o novo sufixo temos a sensação de que demos um salto acima em performance e possibilidades novo SoC3System on a chip, ou sistema em um chip. — o que definitivamente não é o caso, aqui.

Não me entendam errado: o chip A17 Pro é sensacional. Não existe melhor chip num smartphone hoje em dia — é o primeiro, inclusive, sendo fabricado em massa numa litografia de apenas 3 nanômetros, e vale observar que ele também aumenta a memória unificada dos iPhones de 6GB para 8GB. Mas os avanços práticos em relação ao A16 Bionic estão dentro do que esperamos todos os anos, salvo raras exceções e aplicações específicas.

Na parte gráfica, para quem curte jogar no iPhone, o salto é sim tremendo. Temos uma GPU4Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico. com um núcleo a mais no A17 Pro (seis ao todo, agora), a primeira com suporte a ray tracing acelerado por hardware, o que abre portas para jogos AAA chegarem ao iPhone. Acho tudo isso incrível, muito legal! Só não é a minha praia.

Voltando ao marketing da Maçã, esse novo sufixo Pro no nome do chip é o que a permitirá, a partir do ano que vem, lançar a linha de SoCs “A18” com uma versão normal e outra Pro, mantendo assim toda a linha iPhone na mesma geração do chip em vez do que acontece agora — afinal, os modelos não Pro da linha iPhone 15 são equipados com o A16 Bionic.

Além da percepção esquisita para alguns consumidores, de estar comprando um iPhone atual com um chip “antigo”, o A16 Bionic não tem nem mesmo um controlador USB3 — por isso, mesmo conectando um cabo USB3 aos iPhones 15 e 15 Plus, você não terá o benefício das velocidades mais rápidas do padrão mais recente mesmo com via USB-C. Esquisito, não é?…

Outros detalhes/observações

Tem mais algumas coisinhas que vale citar neste review, mas que não mereceram tópicos inteiros à parte:

  • Havia rumores de que a linha iPhone 15 viria mais cara do que antes (nos Estados Unidos), e isso felizmente não se concretizou. A única coisa relacionada que a Apple fez foi matar a opção de 128GB no modelo Pro Max, que agora parte de 256GB — ou seja, o menor preço que você pode pagar por um iPhone 15 Pro Max é US$100 a mais do que antes.
  • Pela primeira vez, meu iPhone 15 Pro Max tem 512GB de capacidade. Não pretendia pegar esse modelo (256GB dão e sobram para mim), mas no momento em que fui comprá-lo era a única opção disponível na cor titânio natural. Enfim, menos uma coisa para me preocupar tão cedo. 😛
  • As molduras das telas dos iPhones 15 Pro e 15 Pro Max ficaram mais finas, este ano. É algo perceptível e bem-vindo, mas não tããão finas assim quanto alguns esperavam.
  • O Wi-Fi dos novos iPhones foi atualizado, passando do 6 para o 6E. Obviamente, você precisará de um roteador compatível com o novo padrão para usufruir das melhorias em latência e velocidade, graças ao uso da frequência de 6GHz.
  • O chip de banda ultra-larga dos novos iPhones está agora em sua segunda geração (a Apple não o chamou de “U2”, quem sabe pela sua relação com a banda?), com maior alcance e a possibilidade de ser usado entre dois iPhones 15 ou mesmo para você encontrar o seu iPhone usando um Apple Watch Series 9 ou Ultra 2.
  • Para quem curte automação residencial e internet das coisas, os iPhones 15 são os primeiros smartphones com o protocolo de rede Thread integrado a eles.
  • A Apple ainda não expandiu a ideia de um iPhone sem bandeja para chip físico além dos Estados Unidos. Lá continua sendo o único lugar onde os aparelhos usam exclusivamente eSIMs.
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Conclusão

Durante muitos anos, daria praticamente para pegar a conclusão do review anterior e repeti-la no novo com pequenas alterações, porque a máxima é sempre a mesma: quem tem um aparelho da geração anterior não precisa trocar para a nova. Vale muito mais a pena pular duas, três gerações ou mais — isso não só aumenta a sua percepção de melhorias, como também faz o investimento feito no produto valer mais a pena.

Mas tem uma coisa diferente, este ano. Embora no geral sim, mais uma vez, se formos analisar, praticamente todas as mudanças tenham sido incrementais, eu acho que não gostaria nem um pouco de voltar para o meu iPhone 14 Pro.

A combinação do novo design semi-arredondado dos iPhones 15 Pro/15 Pro Max com suas laterais em titânio e peso reduzido fizeram desse um aparelho realmente gostoso de usar, um prazer que eu não sentia há muito tempo. Ter voltado ao tamanho maior, para mim que não tenho hoje um iPad e consumo muitos vídeos pelo iPhone, também foi outra vantagem inesperada com essa bela telona de 6,7 polegadas; me reacostumei com o Max muito, muito mais rápido do que imaginava. E eu já tinha me esquecido como é usar um iPhone normalmente sem me preocupar com a sua bateria.

Vejam que nem citei, no parágrafo acima, outras melhorias que somam-se a essas (câmeras melhores, processador melhor, USB-C, etc.) e que acho que tornam esta geração, sim, uma boa pedida até mesmo para certas pessoas que estão vindo da imediatamente anterior. Isso é algo raro de acontecer, que eu já antecipo duvidar que se repetirá no ano que vem.

Falando nisso, estou muito curioso para saber o que a Apple fará em relação aos próximos modelos Pro. Será que ela manterá alguma diferenciação no modelo Pro Max em relação ao Pro? Será que teremos um novo modelo topo-de-linha (Ultra)? Ou será que algumas das melhores coisas dos modelos Pro — como a tela ProMotion de 120Hz — finalmente “descerão” para os normais, tornando-os mais interessantes do que nunca? O tempo dirá.


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Notas de rodapé

  • 1
    Solid-state drives, ou unidades de estado sólido.
  • 2
    High dynamic range, ou ampla faixa dinâmica.
  • 3
    System on a chip, ou sistema em um chip.
  • 4
    Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico.

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