Se você leu o título e não faz ideia do que estamos falando, pare tudo e leia estes artigos:
- Em carta aberta, Taylor Swift explica por que não disponibilizará o seu novo álbum no Apple Music
- Reviravolta, Apple muda estratégia e pagará royalties durante o período de testes do Apple Music
- Aparentemente a Apple não pagará 100% dos royalties durante o período de testes do Apple Music
- Depois de muita polêmica, Apple fecha acordos com gravadoras independentes para o seu serviço de streaming
Depois de toda essa polêmica e de a Apple mudar a sua estratégia, acatando não apenas as mudanças “exigidas” pela cantora Taylor Swift mas por toda a indústria musical como um todo, Swift ainda não havia se posicionado se disponibilizaria ou não o seu novo álbum no Apple Music. Pois ela agora fez isso:
https://twitter.com/taylorswift13/status/614092816940167168
Após os eventos desta semana, eu decidi colocar o [álbum] “1989” no Apple Music… e estou feliz por isso.
A cantora — que não foi a única responsável pela mudança de estratégia da Apple, mas sem dúvida o principal expoente — parece estar feliz com desfecho da situação e disponibilizará o seu mais novo álbum (intitulado “1989”) no serviço desde o lançamento dele, no dia 30 de junho.
Eddy Cue, vice-presidente de softwares e serviços para internet da Apple, deu as boas-vindas a Swift:
See you on #AppleMusic on June 30th! https://t.co/ajNnMV6TNA
— Eddy Cue (@cue) June 25, 2015
Vejo você no Apple Music, no dia 30/6.
Vale notar que, diferentemente do novo lançamento de Pharrell Williams (que será exclusivo do Apple Music), Swift não fez nenhum acordo parecido com a Apple.
https://twitter.com/taylorswift13/status/614093248961847296
Caso você esteja se perguntando se isso é algum tipo de acordo exclusivo que você viu a Apple fazendo com outros artistas, não é.
https://twitter.com/taylorswift13/status/614093540902195200
Esta é simplesmente a primeira vez que me senti bem ao ponto de fazer streaming do meu álbum. Obrigado, Apple, por sua mudança de opinião.
Ela apenas se sentiu confortável o suficiente com os termos do serviço ao ponto de disponibilizar todo o seu catálogo nele — ao menos por enquanto, as músicas da cantora continuam fora de um dos principais concorrentes do Apple Music, o Spotify.
Um dos poucos pontos que ainda estava nebuloso nessa história era referente ao valor dos royalties que a Apple repassaria durante o período de testes do serviço. Pois de acordo com o New York Times — que fala basicamente de todos os bastidores dessas negociações entre Apple e a indústria musical como um todo para o Apple Music —, a empresa pagará 0,2 centavo de dólar por música reproduzida durante o período de testes do serviço, valor este parecido com o que outros serviços musicais gratuitos repassam às gravadoras.
Vale notar que esse valor não inclui um pagamento menor para escritores e detentores dos direitos. Segundo a Billboard, a Apple ainda estaria negociando com muitas distribuidoras sobre esses termos, mas tudo indica que o valor gira em torno de 0,047 centavo de dólar. Assim, cada música reproduzida no Apple Music durante o trial “custaria para a empresa” 0,247 centavo de dólar.
O valor é, sim, bem menor do que o que a empresa repassará quando usuários estiverem pagando a assinatura do serviço, mas está em linha com os repasses de streamings gratuitos e parece ter agradado a todos os envolvidos.