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Vision Pro junta olhar e gestos como método de entrada “exclusivo”

Uma das coisas que mais chamaram atenção durante o anúncio do Apple Vision Pro foi o conceito de interação usando “entrada espacial”, método que permite interagir com o sistema através dois métodos primários de entrada básicos: gestos com as mãos e direcionamento dos olhos.

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É basicamente a forma como a Apple repensou o “ponteiro” para seu novo dispositivo. Por si só não é algo revolucionário, mas (como já é tradição) foi uma apresentação que a empresa já fez no passado ao introduzir o mouse para seus computadores, a Click Wheel do iPod e, mais recentemente, o dedo para navegar no iPhone.

Israel Pastana Vicente e Eugene Krivoruchko, dois integrantes da equipe de design da Maçã, falaram um pouco sobre esses dois métodos de entrada adotados no headset e revelaram como eles trabalham juntos para fornecer uma experiência diferenciada de tudo o que já foi visto em outros dispositivos do gênero.

Começando com um detalhamento da “direção de visão”, Israel explicou brevemente como funciona o mecanismo de seleção do Vision Pro: basta olhar fixamente para um botão, piscar os dois olhos e pronto, a mágica está feita. É um método confortável, visto que permite deixar as mãos em descanso e usá-las somente para tarefas indispensáveis.

A questão da confortabilidade está também na forma como as informações são dispostas, com o conteúdo principal se concentrando no campo de visão do usuário e as opções que são usadas secundariamente (como a barra de abas) nas laterais — o que mantém o usuário focado e diminui o cansaço ocular.

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As diretrizes visuais também incluem o desenho de formas arredondadas e escalas dinâmicas para janelas de apps, em detrimento das escalas físicas. Elas permitem que o tamanho da janela seja mantido mesmo quando o usuário empurra o campo de visão mais para longe — o que possibilita que as informações continuem legíveis e evita um maior desvio de foco.

Falando especificamente sobre o uso das mãos, Krivoruchko destacou a presença dos gestos, que podem ser usados para ações como rolar uma página ou para rotacionar um objeto. Os desenvolvedores poderão definir gestos personalizados para os seus apps, mas há o conselho para que eles não entrem em conflito com os gestos do sistema e nem com movimentos que o usuário faria em uma conversa normal.

Os gestos funcionam ainda melhor se usados em conjunto à direção de olhar, possibilitando interações inexistentes em outras plataformas. Ao usar os gestos com a mão para dar um zoom, por exemplo, o sistema considera a direção da visão do usuário como o ponto de expansão da imagem. Ao escrever com as mãos, a direção do olhar também é usada para determinar o ponto no qual a escrita será iniciada.

As mãos também podem ser usadas para outras tarefas que são melhor realizadas com interação direta, como rolar a tela do Safari com a ponta dos dedos ou até mesmo usá-los para digitar num teclado virtual. Nesse caso, como não há um retorno físico das “teclas”, a Apple usou um destaque brilhante e um retorno sonoro para guiar o usuário durante o processo de digitação.

Ainda no campo da interação direta, é possível inspecionar um objeto de perto, simular interações do mundo real (como uma mesa de som) ou até mesmo realizar tarefas que exijam esforço físico — como um jogo ao estilo Fruit Ninja, em que sua mão desempenha o papel das espadas, por exemplo.

Outros métodos de entrada

Embora a direção do olhar e os gestos com as mãos sejam os métodos de entrada primários do Vision Pro, ele também conta com outras opções. Uma delas é a voz, que permite tanto ditar conteúdo para o sistema operacional quanto pedir algo à Siri, por exemplo.

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Se a digitação virtual ou o ditado não lhe agradarem, nada como conectar o Magic Keyboard ao produto, que aceita o emparelhamento Bluetooth com outros dispositivos como o Magic Trackpad ou até com um joystick para auxiliar na hora dos games.

O produto ainda poderá servir como um grande monitor externo. Abrir um MacBook Air de 13″ usando o Vision Pro simplesmente projeta o conteúdo do computador, usando bem aquela mágica que só o ecossistema da Apple é capaz de proporcionar.

Interessante, não?

via 9to5Mac

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