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Projeto “Cocktail” visa a um lucro maior na venda de álbuns, e não a um número superior de álbuns vendidos

Há uma semana, o FT.com trouxe as primeiras informações sobre um novo projeto “Cocktail”, em que a Apple estaria trabalhando com gravadoras musicais visando a aumentar ainda mais a venda de álbuns digitais. A coisa não é beeem assim, porém.

Há uma semana, o Financial Times trouxe as primeiras informações sobre um novo projeto “Cocktail”, em que a Apple estaria trabalhando com gravadoras musicais visando a aumentar ainda mais a venda de álbuns digitais.

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Cover Flow em tela cheia no iTunes

Que o projeto existe, é difícil negar; porém a CNET News noticiou depois que ele não deverá ser exclusivo da iTunes Store — apesar de que a Apple deve estar bolando formas inovadoras e diferenciais de como explorá-lo, proporcionando a usuários de iPhones/iPods uma experiência superior à de concorrentes — e a Reuters veio ontem com um novo artigo esclarecendo que o objetivo principal da novidade não será aumentar as vendas, mas sim elevar o lucro em cada uma delas.

Muitos acreditam que não foi a internet que matou os álbuns, mas sim os CDs, que acabaram com aquele glamour dos vinis, sempre bem produzidos e acompanhados de extras adorados por fãs de bandas das mais variadas. Salvo algumas exceções, um CD de música não contém mais do que um encarte meia-boca com as letras das canções, e olhe lá.

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Com o “Cocktail”, gravadoras musicais querem agregar um supervalor a álbuns específicos, construindo pacotes com diversos extras, faixas exclusivas, letras, informações das bandas, fotos e vídeos interessantes… enfim, coisas que fãs não dispensariam por US$2-5 adicionais. E é aí que está a jogada: uma fonte do segmento afirma que, nas primeiras semanas do lançamento de um álbum, uma versão “deluxe” (um pouco mais incrementada e, portanto, mais cara) costuma ser escolhida por 85-90% mais pessoas do que a convencional.

Em outras palavras, as gravadoras concluíram que a ideia de oferecer mais para quem já compra música digital vale muito mais do que tentar conquistar uma nova fatia de consumidores — normalmente atraídos por preços baixos e, portanto, mais propensos a piratear MP3s pegar músicas emprestadas com amigos.

Eu me incluo fácil no grupo de consumidores que pagam mais por algo de valor superior. Se o objetivo das gravadoras é fazer mais dinheiro e isso tudo se concretizar, na minha opinião elas vão no caminho certo.

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