Há tempos eu não via a recepção de um lançamento da Apple ser tão positiva. Tirando um ou outro recurso que um nicho de usuários ainda aguarda para, quem sabe, o iPhone OS 4.0 (ou talvez até no 3.0, porém com um novo hardware do iPhone), o pessoal de Cupertino parece ter conseguido realmente fechar todas as brechas do seu sistema operacional móvel e, finalmente, agradar a gregos e troianos.
A repórter Sascha Segan, da PC Magazine, também acha isso e valoriza muito a Apple pelo sistema de upgrades do iPhone — gratuitos desde sempre. O iPod touch não vem ao caso aqui, é um outro produto — parte integrante de um modelo de negócios completamente diferente, como já explicamos neste artigo.
Sascha destaca o quanto a Apple está se distanciando da concorrência, nem sequer colocando os novos recursos anunciados em perspectiva: “Isso não tem a ver com funcionalidades; a Apple mais uma vez mostrou que está um passo [só um passo?] à frente em termos de tornar softwares mais utilizáveis.”
A matéria cita ainda, diretamente, a Research In Motion e Microsoft, que até hoje não conseguiram proporcionar aos seus consumidores um modelo de upgrades fácil e justo como o da Apple. A RIM sempre enfrenta dificuldades com “processos de aprovação das operadoras” que a Apple nunca teve, mesmo com mais de 100 parceiras no mundo todo. A firma de Redmond, por sua vez, mal consegue seguir o seu próprio cronograma interno.
Eu só posso concordar com a sua conclusão: “A estratégia de atualizações da Apple ajuda os seus usuários e a companhia nas mais diversas formas. Ela permite que usuários comprem iPhones com mais confiança, sabendo que eles não serão deixados para trás no ano seguinte. Ela possibilita que desenvolvedores trabalhem na última plataforma, sem ter que se preocupar com suporte a versões anteriores do iPhone OS. E ela mantém os usuários com a Apple, porque não os força a entrar num novo ciclo de compra, pensando em novas escolhas e potencialmente tendendo para a última das novidades.”
