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iPods não são perfeitos

A imensa e interessantíssima discussão gerada pelo meu post comparando os iPods nano com os MP4 da Foston acabou me incentivando a escrever um artigo que fala sobre todos os pontos negativos do iPod.

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Como um produto que já passou por diversas atualizações, sabe-se que ele não é diferente de nenhum outro do mercado e pode evoluir tanto quanto ele mesmo já evoluiu nesses seus 6 anos de existência.

iPod videoO nano precisa tocar vídeos: Steve Jobs disse uma vez que a tela dos iPods (não os nanos) era pequena demais para a reprodução de vídeos. Meses depois novos iPods foram lançados e, como todos sabem, ganharam a possibilidade de reprodução multimídia. Tudo indica que em breve a Apple deverá lançar um “real iPod video”, com uma tela maior (possivelmente widescreen) e que faça jus ao seu nome. Enquanto ele não chega, porém, milhares de pessoas estão bastante felizes com seus iPods tocando vídeo do jeito que ele é hoje. A tela dos nanos é ainda menor, mas têm pessoas que se arriscam até mesmo a instalar o Linux nos bichinhos para, entre outras coisas, poderem reproduzir vídeos. Jobs pode achar que a tela dos iPods é pequena demais para vídeos; muitos irão concordar com ele, muitos não irão, como eu. Ele certamente nem cogita a possibilidade de permitir que vídeos sejam reproduzidos nos nanos, mas muita gente gostaria de ter essa opção. O que não é conveniente para ele pode não ser para muitos, então nanos com suporte a vídeos devem estar no topo da lista de prioridades da Apple para sua próxima geração.

Bateria substituível: autonomia de baterias são uma das grandes barreiras da tecnologia hoje em dia, em todas as áreas. É algo que não avançou tanto quanto outras invenções nas últimas décadas e o tipo da coisa que eu prevejo que irá sofrer uma revolução de uma hora para outra — não sei quando, podem demorar muitos anos ainda — de forma que evoluirá tanto que nem iremos mais ter que recarregar aparelhos como fazemos hoje. Enfim, isso é papo pra outro post. Como parte dessa indústria afetada por este “problema”, a Apple poderia resolver muitas das reclamações sobre baterias “viciadas” ou mortas lançando novos iPods com a possibilidade de facilmente substituí-las — da mesma forma que sempre pudemos fazer com nossos telefones celulares, por exemplo. Também movimentaria um grande mercado de venda de baterias para quem quisesse manter duas unidades junto com seus iPods, para nuncar ficar na mão porque uma delas acabou.

iPod com FMSuporte a FM: tenho amigos que sacaneiam o iPod só porque ele não suporta FM. Apesar da brincadeira deles, este detalhe pode fazer diferença nos comparativos entre produtos concorrentes e na decisão final de compra pelo consumidor. Quão difícil seria para a Apple implementar este recurso em toda a linha de iPods, e não limitá-lo à um acessório extra, um controle remoto que nem todos podem ter interesse? Acho esta falta ainda mais grave nos iPods com menor capacidade — shuffle e os nanos, que podem ser fácil e rapidamente preenchidos completamente. Se o usuário não está mais com vontade de ouvir nenhuma das músicas que têm gravadas no iPod, por que ele não pode simplesmente sintonizar uma rádio qualquer e poder gozar de mais opções de músicas usando o mesmo aparelho? Não só isso: rádios são fontes de informações e notícias em tempo real. Alguns players concorrentes permitem até mesmo que você grave o que está passando na FM para arquivos MP3 diretamente pelo aparelho, acho isso demais.

Compatibilidade com WMA, OGG etc.: cito aqui dois dos diversos formatos de áudio que o iPod não suporta nativamente e que seriam adições muito bem-vindas à lista de formatos compatíveis com o aparelho. Como um produto direcionado para ambas as plataformas Mac e Windows, acho de extrema necessidade que ele suportasse pelo menos a reprodução de arquivos WMA nativamente. A Apple “resolveu o problema” permitindo que usuários do iTunes para Windows facilmente convertam todas as suas músicas em WMA para MP3, mas ainda assim considero um processo a mais que pode deixar muitos usuários irritados.

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Gravador de voz: não vejo muita utilidade nesse recurso para mim, mas pode ser que uma vez ou outra, tendo essa possibilidade em mãos, eu pudesse usufruir do mesmo. De qualquer forma, eu não sou reflexo do mercado e sei que está cheio de gente por aí que compra aparelhos como estes principalmente para gravarem aulas, entrevistas ou coisas do gênero. Com capacidades de armazenamento cada vez maiores, embutir um mini-microfone em futuros iPods seria um adicional muito feliz para o player mais utilizado no mundo.

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Expansão de memória: cartões de memória flash não páram de evoluir e em breve atingirão capacidades que lhes permitirão substituir inclusive HDs de computadores, dizem especialistas. Não seria nada mal se os iPods (pelo menos os modelos mais caros) pudessem ser expandidos através de slots de memória de fácil acesso. O usuário poderia ter até mesmo vários cartões com estilos de músicas diferentes gravados em cada um deles e fazer a troca das memórias como bem entendesse, além de que estaria aumentando a capacidade de armazenamento original dos iPods. Imaginem vários amigos juntos e uma das baterias de um dos iPods morre: bastaria espetar o cartão em outro iPod e continuar ouvindo as mesmas músicas de onde parou. Aprimorando ainda mais a idéia, legal seria se a Apple permitisse a cópia de arquivos das memória flash para a interna dos iPods — a viabilidade disso é meio complicada, já que facilitaria bastante a pirataria.

Vejam que ainda há muito o que mudar em futuras gerações de iPods. Nem citei aqui, por exemplo, possibilidades como transferência de arquivos Wi-Fi, já que esse já foi um assunto bastante discutido e é algo que está vindo com o lançamento da Microsoft (o Zune) para comprovar a teoria dos especialistas de que isso seria algo péssimo para a autonomia da bateria desses aparelhos. Em breve, saberemos.

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