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Pesquisa: quem tem um iPhone não troca por outro; quem tem um Android, por outro lado… [atualizado]

Robô do Android

Num artigo que parece tratar apenas de satisfação dos clientes com a operadora de telefonia, o CNNMoney.com escondeu um parágrafo potencialmente muito esclarecedor sobre a situação atual do iPhone e dos smartphones com o sistema móvel do Google, o Android.

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O iPhone também é um presente que não se esgota [para a AT&T]: 77% dos donos de iPhones dizem que pretendem comprar outro iPhone, enquanto 20% dos compradores de Androids dizem pretender comprar outro aparelho Android.

O que estaria por trás dessa pesquisa do Yankee Group? Por que as pessoas com smartphones que rodam o sistema do Google não querem repetir a experiência numa futura compra? Particularmente, gostei muito da teoria que o MacStories elaborou: os 80% que não consideram a compra de um novo Android muito provavelmente devem estar encalhados em alguma versão 1.x do sistema operacional.

Segundo uma pesquisa da Chitika, isso é bem possível: enquanto 58,3% dos Androids já têm a versão 2.x instalada, 41% ainda padecem com um firmware muito defasado — e o pior é que esses quase não têm esperança de upgrade. “Mas 80% não seria o dobro de 40%?”, você pode perguntar. Bem, lembre que no post eu mencionei que essa pesquisa era tendenciosa: se você tem um smartphone com um sistema operacional atrasado e menos eficiente, quais as chances de instalar um app ligado ao sistema de análise da Chitika? Muito menores que as de uma pessoas com o Android 2.2 “Froyo”, pode ter certeza.

“Esta atualização é maravilhosa! Mas seu smartphone, comprado mês passado, NUNCA A TERÁ!

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Eu não duvido de que existam vários gadgets estupendos rodando o sistema do Google, mas também acredito que seja um tiro no pé esse esquema louco de atualizações sem retrocompatibilidade — isso sem mencionar as bobagens que as fabricantes e operadoras fazem. Um iPhone de primeira geração só deixou de ser suportado três anos depois do lançamento; tem Androids que não podem ser atualizados meses depois de chegar às mãos dos consumidores.

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Mas nem tudo é “culpa” de Google & Cia., pois a Apple tem lá seus métodos de prender consumidores (além do Campo de Distorção da Realidade®). Se você tem um iPhone, então você tem uma conta na iTunes Store, logo, você compra coisas na loja da Apple. Música não tem DRM já faz um tempo, mas vídeos e apps têm — e como têm! E aí, você vai jogar fora tudo o que gastou em filmes, séries, vídeo clipes e aplicativos, na hora de trocar de celular? Complicado.

Juntando os lapsos do Google e a estratégia ferina da Apple, a pesquisa do Yankee Group parece refletir como vai ser o futuro do mercado móvel: o iPhone se tornará cada vez mais parecido com uma “armadilha confortável” na qual os usuários entram e depois meio não conseguem, meio não querem sair.

One more thing… Como esta pesquisa também apontou que 73% dos donos de iPhones estão muito satisfeitos com a AT&T (*choque!*), convém dar ao Android o benefício da dúvida. De qualquer forma, fica a pergunta: o iPhone estaria apresentando o famigerado fenômeno “Once you Mac, you never go back”, conquistando usuários fiéis? Deixe sua opinião nos comentários! 🙂

Atualização (26/7)

Fãs do robozinho verde, regozijai-vos! O Yankee Group (ou o CNNMoney.com) deu um “Bazinga!” na mídia, com alguns números dessa pesquisa. Sabe a estatística de que 77% dos donos de iPhones pretendem trocar seu aparelho por outro iPhone? Tudo OK, esse número é limpinho. Mas a parte que diz “20% de donos de smartphones com Android” tem um probleminha que torna a amostragem completamente viciada e inútil para representar a realidade.

Carl Howe esclareceu hoje no blog do Yankee Group que foram amostrados apenas “smartphones com a marca do Google”, pois são os únicos que, seguramente, rodam o Android, dado que todas as demais fabricantes produzem aparelhos com outros sistemas, o que não se encaixa nos modelos de pesquisa do YG. E o que isso significa? Que os tais 20% englobam apenas donos de T-Mobile G1s e Nexus One. Dois modelos de Android, dentre dúzias. Um deles, por sinal, é triste de ver; o outro, por sua vez, vendeu pouco e já saiu das lojas.

Com isso esclarecido, sigamos com a programação normal. Ah, e será que os 73% de satisfeitos com a AT&T não teriam sido fruto de alguma amostragem bizarra, também? 😛

[via Daring Fireball]

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