Há cerca de um mês, mais precisamente no dia 8 de dezembro, as chamadas “informações nutricionais” de aplicativos se tornaram obrigatórias. Na prática, isso quer dizer que qualquer aplicativo (seja um novo ou uma “simples” atualização) enviado à App Store agora precisa necessariamente informar quais dados relacionados a usuários são monitorados/rastreados.
Já sabemos, por exemplo, que o Facebook é o campeão de rastreamento — não apenas ele, como também o seu mensageiro. Mas e os apps do Google, que também costuma estar envolvido em polêmicas do tipo (monitoramento de dados alheios), como será que estão? Bem, difícil dizer.
Isso porque, desde o dia 8/12, nenhum aplicativo do Google foi atualizado — como muito bem notou a Fast Company. O último update liberado pela empresa foi para um dos seus apps criados para iPhones e iPads foi no dia 7/12. E, como os apps não foram atualizados, essas informações ainda não estão disponíveis para usuários, como podemos ver abaixo.
Pode ser uma coincidência? Pode, é claro; por outro lado, diversos apps para Android (Google Maps, Google Duo, Gmail e YouTube, por exemplo) ganharam updates ao longo do mês de dezembro.
O Google não se manifestou, mas tudo leva a crer que a empresa está simplesmente adiando o envio de novas versões dos seus aplicativos para a App Store no intuito de não revelar (pelo menos momentaneamente) tais informações de rastreamento — talvez justamente por ver a reação negativa ao Facebook nas últimas semanas.
O problema? A empresa está apenas adiando algo inevitável. Em breve, todos eles — ao menos os principais — precisarão ser atualizados, seja para implementar uma nova função ou para corrigir algum bug grave. E, aí, nós conheceremos suas “informações nutricionais” de uma vez por todas.