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Apple Silicon e atualizações do macOS estão inviabilizando Hackintoshes

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Gabinete de PC com adesivos do símbolo do Hackintosh

O chamado Hackintosh — a prática de instalar o macOS em computadores de outras fabricantes que não a Apple — é algo disseminado há bastante tempo, inclusive contando com uma ampla comunidade. Com as mais recentes atualizações do sistema de Macs, porém, essa instalação em máquinas de outras marcas (ou montadas) pode estar com dias contados.

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Como ressaltado em uma publicação do desenvolvedor Aleksandar Vacić, com cada vez menos Macs equipados com chips da Intel compatíveis com as versões mais recentes do macOS, o suporte a alguns drivers mais antigos também está deixando de ser incluído no sistema. Com isso, o Hackintosh vem ficando progressivamente mais instável e inviável — cenário que apenas deverá piorar no futuro, com o fim completo do suporte a Macs sem Apple Silicon.

Ainda que o macOS Sonoma 14 seja compatível com algumas gerações de Macs com processadores Intel, a Apple removeu totalmente do sistema o suporte às placas de Wi-Fi e Bluetooth mais antigas, usadas nos Macs de meados de 2012/13. Esses modelos, porém, não são mais suportados oficialmente, o que explica a remoção do suporte aos componentes.

A Apple também está movendo os drivers para o DriverKit, eliminando o código obsoleto e não mais usado; o mesmo foi feito com drivers da conexão Ethernet no macOS Ventura 13.

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As placas de Wi-Fi e Bluetooth, porém, eram peças-chave para que os Hackintoshes funcionassem, já que operavam de forma simples com serviços da Apple como iMessage, FaceTime, AirDrop, Continuidade (Continuity) e Handoff. Apesar dos esforços da comunidade em desenvolver novos meios de funcionamento, as placas funcionam em um Hackintosh com macOS Sonoma apenas de uma forma que prejudica a segurança do sistema.

Soluções que anteriormente poderiam substituir as placas agora tampouco rodam mais, devido às mudanças nos drivers. Com isso, o suporte ao FaceTime e ao iMessage ficam prejudicados, embora ainda ocorra sincronização com o iCloud. A ferramenta relativa à Ethernet também poderá deixar de funcionar com o futuro macOS 15, dificultando ainda mais o processo.

Mais recentemente, com o macOS 14.4, mudanças foram feitas no sistema do USB, trazendo mais problemas para Hackintoshes, ainda que solucionáveis. Já em relação ao Wi-Fi a situação é mais crítica, com opções muito mais escassas de configurações que funcionam. Tudo fica ainda pior considerando a dependência do macOS em relação ao chip de Wi-Fi, como destacado por Vacić.

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Desse modo, o uso cotidiano de Hackintoshes tem uma depreciação contínua. Funções essenciais como o Wi-Fi, o Bluetooth e a conexão Ethernet, além dos serviços da Apple, por exemplo, funcionam de forma intermitente, com vários pequenos problemas e falhas, o que prejudica bastante a experiência.

Assim, pode-se afirmar que o Hackintosh está em seus momentos finais, ou no “leito de morte”, como descrito por Vacić. Com o tempo, a tendência é que a inviabilização aumente e o desenvolvimento não mais consiga prolongar a sobrevivência da prática, algo que já era previsto há algum tempo.

Os usuários de Hackintoshes provavelmente terão de optar propriamente pelos Macs legítimos caso queiram continuar usando o macOS. É o fim de uma era…

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