Na ponta do lápis, US$88 mil. Este é o total devido pela Psystar aos advogados contratados para defendê-la dos ataques judiciais da Apple durante o seu processo relacionado ao uso ilegal do Mac OS X em computadores não-Macintosh. O valor foi contabilizado como parte dos procedimentos judiciais tomados para o seu processo de falência e representa 63% da sua dívida para prestadores de serviço, de mais de US$139 mil.
O escritório de advocacia Carr & Ferrell LLC foi contratado logo no início do processo contra a Maçã, por ser especializado no caso pelo qual sua cliente passava e também por já ter derrotado a Apple na justiça. Aparentemente, a Psystar estava ciente de pagar os honorários dos seus advogados com a esperança de que ganharia o processo contra a fabricante de Macs e, assim, poderia vender livremente os seus Open Computers, bem como estimular outras empresas a fazer o mesmo pelo mundo — indiretamente, é claro.
Dentre outras dívidas da fabricante de clones, destacam-se um empréstimo de US$120 mil contraído pelo CEO da empresa, Rudy Pedraza (não contabilizado no total do começo do texto, por ser interno), os honorários de um mediador judicial para uma etapa do processo com a Apple (que valem US$6,8 mil), impostos (mais de US$12 mil) e dívidas de envio de produtos (provenientes de FedEx e DHL, que somam US$20 mil). Será que ela ainda vai culpar a crise financeira, depois dessa?