Com todo o falatório de a Apple ter contatado a mídia impressa e os rumores de que a iTablet poderá bater de frente com o Amazon Kindle, a indústria certamente não está dormindo e esperando que Steve Jobs chegue para dominar mais um mercado com a iTunes Store — como já faz com músicas, filmes e programas de TV. Executivos parecem estar aterrorizados com a possibilidade de o mesmo feito ser repetido com livros e revistas.
Quando a Apple assume domínio sobre mercados como esses, ela passa a determinar boa parte das condições e preços de comercialização de conteúdos. Esse é o medo da indústria: que livros e revistas passem a ser vendidos por muito menos do que valem, apesar de isso ser algo absurdamente relativo.
Nem por isso esses executivos acham que edições digitais e lojas virtuais para esses conteúdos devam ser descartadas, porém. De acordo com o Advertising Age, representantes da indústria estariam discutindo a possibilidade de uma iTunes Store própria, que permita-lhes continuar com o controle sobre a distribuição/comercialização de todos esses títulos da forma que melhor lhes convier.
Chegar a um consenso num projeto central como esse certamente não será nada fácil para a indústria, mas, se isso acontecer, o problema deverá ser solucionado para as publicações impressas, que oferecerão seu conteúdo num formato padrão, independente do dispositivo que proporcionará acesso a ele. Os executivos querem que o objetivo da experiência do consumidor seja seus conteúdos, e não um produto — como um iPod ou uma iTablet.
Se a ampliação da iTunes Store está realmente nos planos de Steve Jobs, a briga não será fácil, afinal, o ecossistema macieiro já está todo pronto: para a Apple, basta a adição de uma nova seção em sua loja, visto que a experiência e integração desses conteúdos com seus dispositivos já está toda pronta e funcional.
[via MacRumors]