Após os protestos tumultuosos em sua fábrica de iPhones em Zhengzhou, a Foxconn se desculpou e disse que os problemas envolvendo o pagamento de funcionários foram um “erro técnico”.
Como informamos ontem, centenas de trabalhadores da empresa protestaram contra as condições de trabalho e o descumprimento dos acordos de pagamento, entre outras situações degradantes. Agora, de acordo com a Reuters, a Foxconn divulgou um comunicado dizendo que o pagamento que seus funcionários recém-contratados receberão é “o mesmo acordado durante o recrutamento”.
Além disso, a empresa também disse que compensará os funcionários que não querem mais trabalhar nas fábricas com pagamento equivalente a até dois meses de salário. Por fim, a parceira da Apple também disse que estabeleceu uma comunicação com seus funcionários e estava fazendo o que podia para “resolver ativamente suas preocupações e demandas”.
A gigante de Cupertino, por sua vez, declarou que “tem uma equipe no local” e que está “analisando a situação e trabalhando em estreita colaboração com a Foxconn para garantir que as preocupações de seus funcionários sejam abordadas”.
Apple made its first public comments: “We have Apple team members on the ground at our supplier Foxconn’s Zhengzhou facility,” the US company said in a statement. “We are reviewing the situation and working closely with Foxconn to ensure their employees’ concerns are addressed.”
— Peter Elstrom (@pelstrom) November 24, 2022
Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas ordenaram novamente que a cidade de Zhengzhou entrasse em lockdown devido a um novo pico de casos de COVID-19, de forma que qualquer pessoa precisará de um teste negativo antes de deixar a área, como divulgado pela Bloomberg.
Certamente, tudo isso adicionará ainda mais prejuízos à linha de produção chinesa da Apple, a qual já vem enfrentando vários problemas e atrasos.
Atualização, por Luiz Gustavo Ribeiro25/11/2022 às 13:40
Segundo a Reuters, mais de 20 mil trabalhadores aceitaram o pagamento de ¥10 mil (mais de R$7.400) e deixaram a fábrica da Foxconn após os protestos desta semana.
Não está claro se todas essas pessoas estavam envolvidos no protesto, mas as informações indicam que esse grupo é composto principalmente novos contratados — então é provável que eles tenham sido afetados pelo “erro técnico” da Foxconn. A Reuters diz que esses novos contratados ainda não estavam trabalhando nas linhas de produção da Foxconn.
Por falar nas linhas de produção, ainda não há informações concretas sobre o impacto dos protestos (e, consequentemente, da debandada de trabalhadores das fábricas) sobre o cronograma de produção da Foxconn. Uma estimativa interna, porém, sugere que mais de 30% da produção planejada para novembro poderia ser perdida.
via 9to5Mac