O melhor pedaço da Maçã.

Apple avança em projeto de medidor de glicose no Watch [atualizado]

Hadrian / Shutterstock.com
Apple Watch Ultra

Um dos maiores “sonhos” da Apple — desde a época em que Steve Jobs ainda era vivo — é implementar no Apple Watch um medidor de glicose no sangue que funcione no pulso, de maneira contínua, sem a necessidade de furar a pele do usuário.

Publicidade

Em desenvolvimento há 12 anos — mais tempo que o próprio relógio tem de existência — e já tendo custado milhões de dólares, o desafio é superar, por exemplo, aparelhos que conseguem fazer a aferição sem perfurar, mas demandam que um medidor posto na pele seja trocado periodicamente.

De acordo com o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, a equipe de desenvolvimento do projeto atingiu um marco inédito no processo. A ideia atual da Maçã é usar uma tecnologia de chip conhecida como fotônica de silício e um processo de medição chamado espectroscopia de absorção óptica.

A mecânica consiste na emissão de lasers cujas luzes têm comprimentos de onda específicos em uma área sob a pele, onde há fluido intersticial (substância que sai dos capilares, os menores vasos sanguíneos do corpo) que pode ser absorvido pela glicose. A luz é, então, refletida de volta para o sensor de uma forma que indica a concentração de glicose, com um algoritmo que determina o nível da substância no sangue.

Publicidade

O chip e os sensores de fotônica de silício seriam produzidos pela Taiwan Semicondutor Manufacturing Company, mais conhecida pela sigla TSMC. Antes, a Apple trabalhou com uma empresa chamada Rockley Photonics Holdings, que confirmou a parceria em 2021, embora tenha pedido falência no mês passado.

Centenas de engenheiros estão trabalhando no projeto, chamado de Grupo de Design Exploratório da Apple, ou XDG, um dos mais secretos da empresa. Há menos pessoas nele do que na equipe que supostamente desenvolve um carro da empresa, por exemplo. Segundo a Bloomberg, o sistema já foi testado em pessoas, incluindo participantes com diabetes tipo 2 e outras que não sabem se têm a condição, embora não se saiba dos resultados.

O mais curioso é que o projeto, até 2015, era oficialmente desenvolvido por uma startup chamada Avolonte Health, criada para deixar o projeto em ainda mais segredo, com a impressão de que não era afiliada à Apple. O desenvolvimento começou em 2010, quando Jobs convidou Bob Messerschmidt, fundador de uma empresa chamada RareLight, comprada pela Apple, para liderar a equipe. Ele saiu em 2011, sendo sucedido por Michael Hillman, que deixou a empresa em 2015, quando a “startup” foi incorporada ao XDG.

Publicidade

Atualmente, considera-se dentro da empresa que o projeto esteja em fase de validação de conceito, no sentido de que já não é mais apenas uma mera ideia. A crença é de que a tecnologia é viável, mas precisa ser diminuída para um tamanho mais confortável (o que é crucial para ser implementada no Apple Watch).

Os engenheiros do XDG estão tentando desenvolver um protótipo do tamanho do iPhone que possa ser colocado no bíceps do usuário, o que já seria uma diminuição sensível do tamanho em comparação à versão inicial, que era do tamanho do tampo de uma mesa. Todavia, isso mostra que o projeto ainda terá um percurso considerável até que chegue ao pulso dos usuários.

Uma das metas da Apple com o medidor de glicose é criar um recurso preventivo, que alerte as pessoas quando estiverem em um nível pré-diabético, especialmente útil para evitar a diabetes tipo 2, que ocorre quando o corpo humano não usa a insulina satisfatoriamente. A equipe regulatória da empresa já estaria se debruçando sobre como obter a aprovação governamental do componente.

A ideia, porém, ainda continua sendo um pouco utópica, dada a quantidade de empresas e startups que já tentaram desenvolver sistemas similares e falharam, incluindo o Google. Todavia, a Apple está apostando na quase sagrada integração entre hardware e software — bem como no seu nada limitado caixa — para conseguir atingir os objetivos. Altos executivos da companhia, como o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. Tim Cook e o COO2Chief operating officer, ou diretor de operações. Jeff Williams, estariam supervisionando o desenvolvimento de perto.

O projeto sofreu uma grande perda com o falecimento inesperado do engenheiro Bill Athas, no ano passado, que liderava o XDG. Agora, a equipe é chefiada por gerentes como Dave Simon e Jeff Koller, que respondem ao chefe da divisão de chips da empresa, Johny Srouji. Como dito, ainda há desafios a serem enfrentados, mas o estágio atual já é de um considerável avanço, incluindo o uso de métodos bastante inovadores.

Publicidade

Quando os smartwatches surgiram, o grande destaque, além de poder ver notificações e outros recursos do smartphone, eram esportes e atividades físicas. Ao ganhar recursos como o eletrocardiograma e o histórico de fibrilação atrial, o Apple Watch passou a se segmentar na área da saúde, sendo um player importante nessa área. A incorporação de um medidor de glicose de uso contínuo — no maior estilo “just works” da Apple — contribuiria muito para solidificar o relógio como um produto também voltado para a saúde.

Sigamos acompanhando os desenrolares desse projeto!

Atualização, por Luiz Gustavo Ribeiro 27/02/2023 às 14:30

Em sua newsletter mais recente, Gurman trouxe mais informações sobre o grupo da Apple que está trabalhando no medidor de glicose do seu smartwatch. Além do trabalho nessa tecnologia, o XDG também está desenvolvendo recursos de displays, inteligência artificial e headsets de AR/VR que ajudam pessoas com doenças oculares, segundo o jornalista.

Além disso, a equipe se reuniu originalmente para trabalhar em tecnologias de processadores de baixo consumo de energia e baterias de última geração para smartphones, esforços que continuam. Nesse sentido, o XDG “recebe vastos recursos financeiros e espaço para explorar inúmeras ideias”. Os membros têm uma missão diferente das equipes de engenharia que produzem novos iPhones, iPads e Apple Watches anualmente, de forma que eles são instruídos a trabalhar em projetos “até que possam determinar se uma ideia é viável ou não”.

Embora a equipe opere como uma startup, ela ainda é vista como qualquer outra divisão da Apple: as pessoas que trabalham em um projeto dentro do XDG não têm permissão para se comunicar sobre seu trabalho com membros designados para projetos diferentes — no entanto, eles são organizados por conjuntos de habilidades e não por projetos individuais, o que significa que um engenheiro pode estar trabalhando em várias iniciativas que atendam às suas habilidades em vez de num produto específico.

Interessante, não?


Comprar Apple Watch Ultra 2 de Apple Preço à vista: a partir de R$8.729,10
Preço parcelado: a partir de R$9.699,00 em até 12x
Pulseiras: loop Alpina, loop Trail ou Oceano

Comprar Apple Watch Series 9 de Apple Preço à vista: a partir de R$4.499,10
Preço parcelado: a partir de R$4.999,00 em até 12x
Material: alumínio ou aço inoxidável
Cores: rosa, meia-noite, estelar, prateado ou (PRODUCT)RED
Tamanhos: 41mm ou 45mm
Conectividade: GPS ou GPS + Celular

Comprar Apple Watch SE de Apple Preço à vista: a partir de R$3.059,10
Preço parcelado: a partir de R$3.399,00 em até 12x
Cores: meia-noite, estelar ou prateado
Tamanhos: 40mm ou 44mm
Conectividade: GPS ou GPS + Celular

NOTA DE TRANSPARÊNCIA: O MacMagazine recebe uma pequena comissão sobre vendas concluídas por meio de links deste post, mas você, como consumidor, não paga nada mais pelos produtos comprando pelos nossos links de afiliado.

NOTA DE TRANSPARÊNCIA: Este é um artigo editorial do MacMagazine que foi posteriormente modificado com a inserção de um ou mais links publicitários.

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.
  • 2
    Chief operating officer, ou diretor de operações.

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Relatório destaca os malwares mais comuns para Macs em 2023

Próx. Post

WhatsApp estaria testando recurso de “newsletter”

Posts Relacionados