O melhor pedaço da Maçã.

Por que tantos iPhones e tão “poucos” iPads foram vendidos no trimestre passado?

Vendas de iPhones - Fortune Tech

Após a conferência de resultados financeiros de ontem, as “ondas de repercussão” vão se propagando e chegando uma a uma, e esta é bem interessante. Turley Muller, do Financial Alchemist, analisou duas informações curiosas liberadas ontem pela Apple.

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Vendas de iPhones - Fortune Tech

Primeiramente, olhe para o gráfico acima, que mostra o número de iPhones vendidos em vários trimestres, e tente explicar como uma empresa pode ter aumentado tanto sua produção em tão pouco tempo.

Para Muller, esse boom pode ter sido o responsável pela queda na margem de lucro da Maçã (39,1% no meio do ano contra 36,9% agora): fabricar iPhones 4, que requerem máquinas novas, moldes, estrutura física em fábricas e pessoal treinado para trabalhar com novos materiais custa muito dinheiro, um investimento que deve ter ocorrido na chegada do iPhone 3G, mas abatido com o 3GS. Assim, um possível “iPhone 4S” (ou 3,2) poderia ajudar a Apple a recuperar sua margem de lucros e voltar a agradar os acionistas.

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O segundo ponto foi o iPad: num cenário em que praticamente todo mundo previa a venda de pelo menos 5 milhões de tablets, a Apple anunciou “só” 4,2 milhões. Para Muller, isso não passa de um estratagema para prevenir a chegada de concorrentes muito vorazes. É como se você namorasse a garota mais linda do bairro e espalhasse que ela tem mau hálito só pra evitar a mira dos gaviões.

Para reforçar seu argumento, Muller usou o histórico do iPod: de início, ele parecia um produto de nicho (caro e pouco útil), mas aos poucos a Apple foi mudando isso. Quando os concorrentes perceberam, ela já tinha dominado o mercado da música portátil e seria caro/trabalhoso demais criar um rival do zero.

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A parte do investimento no iPhone 4 prejudicando os lucros, eu entendo e até concordo com a explicação toda, mas essa história de vender poucos iPads para manter os concorrentes distraídos me parece um pouco de viagem — apesar de o argumento do iPod fazer sentido. Será que a mesma coisa pode acontecer com o iPad? Os concorrentes não já estariam em alerta máximo, tendo aprendido a lição com o iPod e com o iPhone?

[via Fortune Tech]

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