O melhor pedaço da Maçã.
An Apple Inc., satellite office building stands in Sunnyvale, California, U.S., on Monday, Dec. 17, 2018. Photographer: David Paul Morris/Bloomberg
Escritório do Apple Maps em Sunnyvale

Denúncia expõe condições de trabalho desfavoráveis em “escritório da Apple”

Quando pensamos na Apple, inevitavelmente lembramos, também, do bom gosto da empresa por instalações grandes, modernas e acolhedoras — tanto para seus clientes quanto para seus próprios funcionários. Contudo, um relatório da Bloomberg colocou essa questão em pauta ao analisar um dos escritórios utilizados pela equipe do app Mapas, em Sunnyvale (Califórnia), a poucos quilômetros de Cupertino.

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Segundo o relatório, o edifício em Sunnyvale é “tão sem graça quanto o principal campus da Apple é impressionante”. Alguns dos problemas foram vistos logo na entrada do prédio, que não possui nenhum recepcionista; segundo os trabalhadores daquele local, eles foram instruídos pelos gerentes a “entrar pela porta dos fundos. Além disso, a recomendação é “andar vários quarteirões antes de pedir uma carona para casa”, devido ao alto índice de criminalidade na região.

Dentro do prédio, antigos empregados contam que aquelas máquinas que vendem produtos (bebidas, comidas, etc.) raramente eram reabastecidas e, na maioria das vezes, eram formadas filas para que os banheiros pudessem ser usados. Tanto a manutenção do prédio quanto a contratação dos funcionários são feitos pela Apex Systems, uma empresa que mantém esse e outros escritórios de mapeamento da Maçã.

Para contratar esses trabalhadores, a Apex enviava mensagens para os possíveis candidatos pelo LinkedIn e criava uma ilusão de que essas pessoas poderiam conseguir um trabalho com tempo integral na gigante de Cupertino no futuro — o que não era verdade, já que muitos desses funcionários ficavam de 12 a 15 meses em uma determinada função.

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Além disso, muitos fecharam o contrato de trabalho para ter a Apple em seus currículos, mas nem mesmo isso era uma possibilidade — na realidade, até foi por um tempo: no início, os funcionários podiam colocar “Apple, via Apex Systems” como seu empregador em sites como o LinkedIn. Contudo, a partir de 2018, a Apex instruiu que todos removessem a palavra “Apple” e descrevessem apenas que trabalhavam em “uma grande empresa de tecnologia, via Apex Systems”.

Essas diferenças entre trabalhadores temporários e funcionários que trabalhavam tempo integral levaram ao que algumas fontes da Bloomberg chamaram de “sistema de castas” dentro da Apple. Entre as disparidades, ex-funcionários da “Apex” lembram que até o logo da Maçã nos seus crachás era diferente: colorido para aqueles contratados pela Apple e “cinza triste” para os funcionários que trabalhavam em escritórios satélites da Maçã.

Em resposta às alegações constatadas pela Bloomberg, um representante da Apple informou que foi feita uma auditoria surpresa no escritório gerenciado pela Apex e que não foi encontrada nenhuma inconsistência do trabalho executado lá em comparação com outras instalações da Apple.

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Como fazemos com outros fornecedores, trabalharemos com a Apex para revisar seus sistemas de gestão, incluindo protocolos de recrutamento e rescisão, para garantir que os termos e condições de emprego sejam transparentes e claramente comunicados aos trabalhadores antecipadamente.

Em novembro passado, a Apex se envolveu em mais uma polêmica após alterar o tempo de atestado médico pago de 48 para 24 horas, motivando um protesto pelos empregados. Na mesma época, a Apex demitiu cerca de 24 pessoas; eventualmente, muitos funcionários deixaram a empresa permanentemente e foram contratados por outras empresas que ofereciam melhores benefícios, como o Facebook e o Google.

via MacRumors

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