O calouro de hoje é o empresário de amanhã, e não é preciso usar uma bola de cristal para saber que a geração de estudantes que hoje lota as salas das universidades substituirá, eventualmente, a geração de homens e mulheres de negócios que comandam grandes empresas. Daí é interessante notar o quanto a preferência dos universitários por Macs tem crescido nas instituições de ensino superior estadunidenses.
Trip Chowdhry, analista da Global Equities Research, divulgou ontem numa nota a investidores que 70%(!) dos calouros estão entrando nas universidades com Macs — um percentual muito superior aos 10–15% de um ano atrás. Estranhando este número assombroso, Horace Dediu (garoto prodígio de gráficos e números) resolveu investigar mais a fundo a situação da Maçã no ensino superior.
Segundo ele, uma proporção mais apurada seria de 50% em universidades particulares (os 70% relatados por Chowdry seriam provavelmente de escolas da Ivy League), enquanto instituições públicas teriam cerca de 20% dos seus calouros chegando com Macs.
Indo um passo adiante, Dediu analisou a taxa de adoção em determinadas escolas, chegando a valores que mostram uma verdadeira quebra de paradigma em termos de computação universitária: a George Fox University, por exemplo, em 2006 desencorajava os estudantes a comprarem Macs, e hoje eles são a única opção oferecida; o percentual de computadores da Maçã nas mãos de calouros em Princeton quadruplicou de 2003 (10%) para 2007 (40%); a Academia da Guarda Costeira deixou de ser um local livre de Macs em 2008 para tê-los em 50% das mãos, atualmente (com a opção de estudantes trocarem Dells por Macs com direito a subsídio).
Todo ano a Apple promove liquidações de volta às aulas, nas quais
a compra de um Mac gera descontos para a aquisição de iPods.
Estes são apenas alguns dos números, mas eles já indicam problemas a longo prazo para a gigante de Redmond e suas parceiras na produção de PCs com Windows. Como bem disse Chowdhry, “[…] nossa pesquisa indica que a Microsoft encontra-se incapaz de conectar-se à nova geração de usuários”. Se os estudantes de hoje preferem usar Macs, não será de espantar quando os empresários de amanhã adotarem sistemas da Maçã em suas companhias.