A Apple concordou em pagar US$25 milhões para resolver um caso do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (United States Department of Justice, ou DoJ), no qual ela era acusada de discriminar ilegalmente cidadãos americanos em contratações.
De acordo com um comunicado divulgado pelo DoJ, a Apple “mostrou preconceito” contra os trabalhadores americanos como parte do recrutamento para o PERM (Permanent Labor Certification, ou Programa Permanente de Certificação de Trabalho).
Embora tenha sido concebido para permitir que as empresas apoiem trabalhadores estrangeiros, o programa estipula que os empregadores não podem prejudicar candidatos que possam ser cidadãos ou já tenham autorização para trabalhar nos EUA.
Na prática, a Apple exigia que os candidatos americanos a empregos aplicassem para a vaga por correio — e não eletronicamente, como faz para outras posições, o que tornou mais difícil a contratação de pessoas fora do programa, segundo a acusação do DoJ.
A criação de barreiras ilegais que tornem mais difícil para alguém procurar emprego devido ao seu estatuto de cidadania não será tolerada.
—Kristen Clarke, procuradora-geral adjunta da Divisão de Direitos Civis do DoJ.
Em uma declaração enviada à Reuters, a Apple disse que, quando percebeu que “não havia seguido voluntariamente o padrão do DoJ”, optou por um acordo que “abordasse suas preocupações”. A empresa acrescentou que “implementou um plano de remediação robusto” para cumprir os requisitos de várias agências governamentais à medida que continua a contratar trabalhadores americanos e crescer nos EUA.
Ainda de acordo com as informações do departamento, os US$25 milhões incluem US$18,25 milhões em pagamentos retroativos para os indivíduos afetados e US$6,75 milhões em multas.
via Bloomberg