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Guy Tribble depõe pela Apple em audiência oficial para tratar do caso “Locationgate” [atualizado]

Ícone do Google Maps no iPhone

Chegou hoje ao que esperamos ter sido o ápice a polêmica “Locationgate”, iniciada com a “descoberta” no iOS de um arquivo contendo informações sobre o que se pensava ser a posição geográfica do usuário ao longo do tempo. Posteriormente, ficou provado que os dados armazenados não passavam de um cache para acelerar o uso do GPS em iGadgets e a Apple procurou explicar oficial e publicamente a situação, tendo desde então liberado uma atualização que criptografa as informações em tal arquivo, além de evitar que ele seja copiado em backups do iTunes, reduzir o tempo em que dado ficam salvos nele e interromper a coleta de coordenadas quando serviços de localização estão desativados.

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Localização marcada no Maps do iOS

Antes que tudo isso fosse explicado, porém, foi agendada uma audiência com uma comissão especial comandada pelo senador Al Fracken, à qual foram chamados representantes da Apple e do Google, entre outras pessoas, para explicar a situação acerca da coleta de dados e possíveis implicações que isso teria na privacidade dos usuários de smartphones. Ela ocorreu hoje mais cedo e todos os pronunciamentos foram feitos sem grandes surpresas.

Guy Tribble, vice-presidente de tecnologia de software na Apple, pronunciou-se reiterando a posição divulgada anteriormente por sua companhia: ela não coleta a localização geográfica de usuários individuais nem a compartilha com terceiros sem que o consumidor autorize expressamente. Tribble reforçou ainda que os dados encontrados no arquivo de cache não dizem respeito à posição do usuário, mas à localização de antenas de celular, e que, apesar de ser armazenado no telefone sem nenhuma proteção criptográfica, as informações nele contidas não são acessíveis para apps.

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O senador Franken pediu que tanto Apple quanto Google afixassem em suas lojas de apps alertas para que usuários possam saber sempre como serão usados seus dados pessoais. Enquanto o representante da gigante de buscas apenas disse que iria levar essa sugestão para seus superiores, Tribble falou sobre o compromisso que desenvolvedores assumem de sempre informar quando seus apps fazem uso de informações geográficas. Ele complementou comentando que uma política de privacidade escrita não bastaria, por ela ser facilmente ignorada por usuários (o que é verdade): o iOS faz uso de um sistema de ícones e alertas que exibe, na interface e em um menu específico para isso, quando um aplicativo faz uso de dados geográficos.

Além disso, Tribble explicou que a Apple realiza investigações aleatórias em inúmeros apps, para certificar-se de que eles funcionam conforme as regras da loja, além de manter-se sempre atenta ao que é publicado em blogs e divulgado pela comunidade, podendo remover da sua loja um aplicativo rebelde em 24 horas, caso não se consiga chegar a uma solução.

As declarações oficiais completas de todas as testemunhas desta audiência, inclusive as feitas por Tribble em nome da Apple, podem ser baixadas em PDF no site do senador Al Franken. Um webcast completo do evento, com quase três horas de duração, pode ser visto no site do Senado dos Estados Unidos.

[via AppleInsider]

Atualização (às 18h15)

Caso você não tenha três horas para ver a audiência completa (em Flash), o Cult of Mac publicou um dos trechos principais do evento, em que Tribble apresenta o cerne das alegações da Apple em menos de dois minutos:

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