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Presidente da SaferNet tem seu MacBook invadido pelo spyware Pegasus

O chefe da ONG brasileira já havia sido vítima de uma série de ameaças de morte
Folha
Thiago Tavares

O presidente e fundador da SaferNet Brasil, Thiago Tavares, declarou, por meio de uma nota oficial, estar em “exílio voluntário” em Berlim (Alemanha). Segundo o comunicado, emitido ontem (6/12), a decisão foi tomada após o executivo sofrer várias ameaças de morte e ter seu MacBook Pro infectado pelo spyware Pegasus.

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A SaferNet é uma organização de direitos humanos que busca combater a pedofilia, a desinformação e a interferência eleitoral nas redes. Na nota, Tavares afirma que as ameaças se tornaram cada vez mais frequentes após participar de uma debate sobre campanhas de ódio e desinformação na internet no 2º Seminário Internacional do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ocorrido no dia 26 de outubro.

Segundo o presidente, pouco menos de um mês após o evento, em 22 de novembro, outro funcionário do SaferNet foi vítima de um sequestro-relâmpago em Salvador (BA). Durante a ação, o funcionário teve seu celular e notebook roubados, além de sofrer uma série de ofensas LGBTfóbicas. No momento, Tavares se encontrava a apenas 800 metros do local do ocorrido.

Além disso, a SaferNet afirma ter encontrado evidências de que o MacBook Pro de Tavares tenha sido infectado pelo spyware de espionagem Pegasus, desenvolvido pela empresa de vigilância NSO Group — a qual possui sua própria cota de problemas com a Apple por espionagem e invasão. Segundo a organização brasileira, o relatório contendo suas descobertas envolvendo o ataque foi compartilhado com a Apple, a Adobe Brasil e o CERT.br.

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Embora já tenha sido confirmado que o Pegasus também é capaz de infectar Macs (ainda mais agora, com as máquinas equipadas com Apple Silicon), trata-se de um caso raro, uma vez que a maior parte das denúncias de infecção pelo spyware registradas até o momento envolvem dispositivos móveis, como iPhones e aparelhos Android.

No mesmo dia do diagnóstico em torno da tentativa de invasão, uma familiar do executivo sofreu um traumatismo cranioencefálico ao desembarcar de um Uber, também na capital baiana — precisando ser levada à UTI. A nota, contudo, não específica sob quais circunstâncias a lesão teria ocorrido.

Tavares ressaltou que seu exílio na capital alemã possui um caráter temporário, e que pretende retornar ao Brasil assim que “as circunstâncias dos fatos sejam totalmente esclarecidas”.

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O executivo desembarcou em Berlim no último sábado (4/12). De acordo com a Folha, tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público foram notificados sobre o caso no mesmo dia.

via UOL Tilt

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