O Greenpeace divulgou hoje a 8ª edição do seu Guide to Greener Electronics, que incentiva empresas de tecnologia e eletrônicos a tornarem-se “mais verdes”, eliminando o uso de componentes tóxicos e do desperdício de matérias-primas e energia em seus produtos.
Nesta edição, foram introduzidos critérios mais rigorosos sobre a utilização de produtos químicos tóxicos, reciclagem de resíduos eletrônicos e também novos critérios sobre o impacto no clima. Com isso, a pontuação das empresas de tecnologia e eletrônicos avaliadas caiu muito em relação à edição anterior — apenas a Sony e a Sony Ericsson conseguiram nota superior a 5 no ranking.
A Apple, que conseguiu a pontuação 6,7 na edição anterior, desta vez caiu para 4,1 e está em 11º lugar na classificação. Embora ter conseguido se destacar em quesitos como eficiência energética, superando vários requisitos mínimos Energy Star, a Apple perdeu uma enorme oportunidade em melhorar sua pontuação devido a nova geração do iPhone que, como já sabemos, não foi bem recebida pelo Greenpeace.
A Sony e a Sony Ericsson foram as melhores na classificação, por terem praticamente eliminado o uso de substâncias tóxicas em seus produtos e também por terem sido as melhores em eficiência energética, além da Apple. Em seguida, vem a Nokia, que se destacou graças ao grande uso de energia renovável na fabricação de seus produtos.
As piores empresas listadas no ranking do Greenpeace foram a Microsoft, que continua decepcionando seus clientes (novidade? 😛 ) pela baixa pontuação em impacto no clima e políticas contra desperdício. Em último, continua a Nintendo que, apesar de ter diminuído muito a quantidade de substâncias tóxicas usadas na fabricação de seus produtos, continua sem nenhuma política pública quanto a reciclagem ou desperdício.
“O Greenpeace espera, com esse guia, mostrar quais empresas são sérias candidatas a se tornar exemplos na produção sustentável. Queremos que elas eliminem todas as substâncias tóxicas de seus produtos, aumentem a reciclagem de lixo eletrônico, usem material reciclado nos novos produtos e reduzam o seu impacto no clima”, afirma Iza Kruszewska, da campanha de Tóxicos do Greenpeace International.
[Dica do André Sato, obrigado!]