E Horace Dediu ataca novamente: em quatro gráficos o asymco analisa o desempenho das ações da Apple em relação, comparando-o com o de grandes empresas na Bolsa de Valores e no mercado de tecnologia. Basta uma olhadela rápida neles para concluir que há algo de diferente nos papéis da Maçã.
Seria mágica?
Os dois gráficos acima mostram as dez maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos distribuídas em relação aos seus valores de crescimento EPS (earnings per share) nos últimos cinco anos e mudança de preço ou taxa P/E (price/earnings). Apesar do significado um pouco obscuro das siglas, não é preciso ser especialista para notar de cara que a Apple é bem diferente das demais empresas.
“Para uma [empresa com] capitalização ultragrande, o crescimento da Apple é sem precedentes e extraordinário. Está de fato fora da escala. O crescimento médio das outras nove tops de capitalização é 3,6%!”, escreveu Dediu. Adicionalmente, ele procura desfazer o mito de que market caps gigantescos são reservados a empresas que já passaram de seus melhores dias (pois números grandes não crescem tão rápido quanto os pequenos) e afirma que o crescimento companhia é a estatística mais importante a ser observada por investidores.
Em outro par de gráficos, Dediu compara apenas as dez maiores empresas de tecnologia:
Novamente, a Apple se destaca em relação às demais empresas, mas desta vez a disparidade não é absurda: o Google é a única outra empresa que consegue se aproximar da Maçã. Em relação à taxa P/E, aliás, a gigante de Mountain View e a Qualcomm ultrapassam a Apple, ainda que não com muita folga. Engraçado é ver o que Dediu chama de “corte Wintel”, constituído por Microsoft, Intel e (ironicamente, acompanhadas pela IBM), no quadrante inferior esquerdo.
No momento do fechamento deste post, a NASDAQ:AAPL operava em leve baixa de 0,41%, cotada a US$291,11. Se essa tendência de queda se mantiver, vai macular um pouco a sequência de altas acumuladas desde o início do mês.