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Artista que dá voz ao Waze processa Apple por usá-la na Siri

Galit Gura-Eini com dispositivo apresentando o app Waze.
Galit Gura-Eini

Você pensou que a Apple fecharia o ano sem mais um caso de processo? Se sim, é melhor reconsiderar. Desta vez, quem decidiu levar a companhia aos tribunais foi a radialista e artista vocal Galit Gura-Eini, que abriu uma ação contra a gigante de Cupertino por usar a sua voz na versão hebraica da Siri sem a sua permissão.

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Galit Gura-Eini
Galit Gura-Eini com dispositivo exibindo o app Waze.

De acordo com o relatório divulgado pelo CTech, a radialista israelense alegou ter um problema específico com o tipo de conteúdo que sua voz é “persuadida a dizer como assistente de voz digital da Apple”. Gura-Eini, que também é responsável por fornecer a voz local para o Waze, pediu US$66 mil no processo contra a Apple apresentado nesta semana em um tribunal distrital de Tel Aviv (Israel).

Assim como acontece com muitas das vozes da Siri em diferentes regiões do mundo, a voz da artista vocal foi gravada genericamente antes mesmo de a Maçã introduzir a sua própria assistente virtual, em 2010. No caso de Gura-Eini, sua voz foi gravada em 2007 por uma subsidiária da Nuance Communications especializada em inteligência artificial e reconhecimento de voz.

A radialista, contudo, deu permissão à Nuance apenas para usar as gravações em “necessidades legítimas”; afinal, estamos falando de 2007, quando a ideia de assistente digital era ínfima. Ela contou que apenas tomou conhecimento de que a Apple usou sua voz para a versão em hebraico da Siri quando ela foi lançada nesse idioma, em 2016.

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No processo, Gura-Eini sugeriu que sua voz é “amplamente identificada e associada” à sua própria personalidade e, dada a insatisfação com o conteúdo que as pessoas pedem que a Siri reproduza, isso equivale a “transformá-la em um veículo para fala imprópria e humilhante”. Ela admitiu, ainda, que entrou em contato com a Apple no começo deste ano, pedindo a remoção da sua voz da Siri, mas a Maçã negou.

A Apple, por sua vez, disse que não fez nada de errado. O advogado da Maçã afirmou que as gravações foram obtidas legalmente e que Gura-Eini “não possui propriedade legal sobre elas”. Além disso, a companhia destacou que a voz dela na Siri não é mais do que “sílabas unidas por um algoritmo”.

via Cult of Mac

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