A Connectivity Standards Alliance (CSA) — à qual várias empresas, como a Apple, pertencem — anunciou nesta semana o lançamento do selo Product Security Verified e da Device Security Specification 1.0, novidades destinadas a certificar a segurança de dispositivos inteligentes domésticos. A aliança também é a responsável pelo Matter, protocolo unificado de compatibilidade de acessórios para o lar.
A ideia do selo é unificar diferentes protocolos de segurança em apenas uma certificação, consolidando as diretrizes de cibersegurança dos Estados Unidos, da União Europeia e de Singapura. Desse modo, ficará mais fácil tanto para os clientes saberem que um produto segue os principais padrões de segurança quanto para empresas entenderem o que precisam implementar em seus dispositivos, de modo a obterem o selo e cumprirem diferentes regulações.
As especificações definidas pela CSA para o selo incluem algumas exigências específicas em termos de segurança que devem ser cumpridas pelos produtos para que eles possam recebê-lo. Elas incluem uma identidade única para cada dispositivo de internet das coisas, não definir senhas padrão muito complexas e armazenar de forma segura dados sensíveis no dispositivo.
É necessário, ainda, realizar comunicações seguras sobre informações relativas à segurança do produto e atualizações de software no período de suporte, bem como um processo de desenvolvimento seguro, incluindo gerenciamento de vulnerabilidades. Além disso, deve-se disponibilizar documentação pública relativa à segurança, incluindo o período de suporte dos produtos.
A certificação abrangerá vários tipos de dispositivos inteligentes para a casa, como lâmpadas, interruptores e câmeras, estabelecendo padrões mínimos unificados para os acessórios. Tais exigências, presentes na Device Security Specification, e outros aspectos do processo de certificação resultaram da colaboração de quase 200 empresas.
Produtos com o selo poderão começar a ser vendidos a partir do fim do ano, como apontado pelo The Verge. Planos para o futuro incluem o reconhecimento da certificação da CSA por governos, reduzindo ainda mais a complexidade regulatória, além de processos de resposta a falhas de segurança.
Também deverá ser compilada uma base de dados com os produtos certificados, com planos da construção de uma ferramenta para que dispositivos não certificados em uma mesma rede sejam identificados — e o usuário, alertado. A adoção por parte de fabricantes e a atualização constante das especificações serão essenciais para o sucesso do selo Product Security Verified.
