Com o lançamento dos AirTags, muito passou a se discutir sobre os problemas que o rastreamento geográfico pode trazer — principalmente em termos de violência doméstica e perseguição.
Fato é que não são apenas os novos rastreadores da Maçã que podem ser usados para fins nefastos — há muito tempo é possível rastrear iPhones, e essa foi justamente a técnica usada por um suspeito de latrocínio1Um roubo que acarreta em morte. na Flórida (Estados Unidos) para rastrear a vítima, como divulgado pelo The Washington Post.
De acordo com a reportagem, o suspeito viu um homem em um shopping onde ele teria comprado itens em lojas de grife. Então, o criminoso decidiu conectar um iPhone ao carro dele para rastreá-lo.
Os suspeitos escolheram [a vítima] para roubá-la devido às suas compras de itens caros e sofisticados. Eles foram vistos se esforçando para seguir [a vítima] para fora do shopping enquanto tentavam encontrar um local adequado para cometer o roubo.
Com ajuda do app Buscar (Find My), o suspeito e um cúmplice chegaram a uma casa e invadiram uma festa. Durante a confusão, os criminosos mataram a tiros o jovem Jacaris Rozier — que não era, diga-se de passagem, a vítima do roubo.
Eles também levaram o carro do homem que havia sido rastreado, o qual foi encontrado com uma bolsa cheia de ímãs contendo um iPhone preso na parte de baixo — que provavelmente foi usado para persegui-lo.
Em um esforço adicional para garantir que eles não perdessem a vítima, o grupo usou um iPhone novo como um rastreador de veículos improvisado, colocando-o no carro em um momento oportuno.
O suspeito foi preso e agora enfrenta acusações de roubo, invasão, homicídio de primeiro grau com arma de fogo, entre outros crimes.
via Cult of Mac
Notas de rodapé
- 1Um roubo que acarreta em morte.