Quando a Apple migrou toda a sua linha de desktops e notebooks para os processadores Intel entre janeiro e agosto de 2006, passou também a utilizar o mesmo chipset da Intel para suportar essas novas CPUs em seus produtos. Isso quer dizer que os Macs atuais têm suas arquiteturas baseadas igualmente aos computadores produzidos por outras fabricantes, como Dell e HP.
Segundo um artigo publicado pelo AppleInsider, uma das formas da Apple manter o seu crescimento — três vezes à frente do restante da indústria — é diferenciar a forma atual de construção dos seus computadores — introduzida há mais de dois anos –, a fim de que se tornem mais baratos e consumam menos energia.
Talvez a futura geração de Macs portáteis seja a primeira a ser beneficiada com essas mudanças. Rumores indicam que a Apple não adotará o chipset Montevina — anunciado como parte da plataforma Centrino 2 da Intel — em seus novos portáteis. Isso é um pouco difícil de ser concretizado, já que a Intel provavelmente teria que conceder uma licença para a Apple permitindo isso.
Partindo do princípio que os chipsets não seriam baseados em tecnologia Intel, a Apple teria uma série de opções viáveis, incluindo o uso de outras empresas, como AMD ou Via. Lembrando que isso não quer dizer que ela fará uma nova transição de processadores; os chipsets são apenas chips responsáveis por fazer o processador se comunicar com os demais componentes de um computador, sendo que algumas características da sua construção podem variar de acordo com o chipset utilizado no processador do mesmo.
Para o consumidor final, essa mudança não é significativa em termos de performance, já que todos as empresas de chipsets trabalham com espeficações semelhantes. Portanto, a Apple fará essa mudança apenas se ela proporcionar alguma vantagem competitiva na construção de seus futuros Macs.